Dois futebolistas da Associação Desportiva Ovarense (ADO), dos campeonatos distritais de Aveiro, foram alvo de uma tentativa de «intimidação organizada» protagonizada por um grupo de indivíduos que invadiu a sua residência em Ovar, informou hoje o clube.
Num comunicado publicado na sua página na rede social Facebook, a ADO diz que na madrugada de segunda-feira uma residência de dois atletas foi invadida por um grupo de indivíduos que “atentaram contra a integridade física de todos os aqui ali habitam”.
“Não se tratando de um assalto, esta intimidação organizada teria como alvo um dos residentes deste espaço”, refere o clube, atual segundo classificado da Associação de Futebol de Aveiro, manifestando o total apoio aos atletas e seus representantes.
A ADO reagiu ainda ao facto de alegadamente alguns dos envolvidos serem adeptos do clube, reforçando que todas as pessoas que praticarem atos racistas, xenófobos ou discriminatórios “jamais terão as portas do clube abertas”.
“Mais do que simplesmente nos demarcarmos de indivíduos que não poderão nunca, sob este cenário, reclamar para si a condição de nossos adeptos, enquanto instituição queremos participar e ser uma voz ativa no combate a todo o tipo de episódios desta natureza”, refere a mesma nota.
A ADO afirma ainda que permanecerá ao lado dos seus atletas, familiares e amigos, esperando que seja feita justiça de forma tão célere quanto possível.
O comunicado da ADO surge depois de a “Brasil Soccer Academy” ter denunciado na sua página do Facebook que a residência dos seus atletas em Ovar tinha sido invadida por “marginais”, que “quebraram o mobiliário e atentaram contra a vida dos jogadores”.
A empresa de gestão e representação de atletas diz que o ato foi praticado por “uma quadrilha, composta por meliantes locais, já conhecidos pelas autoridades”.
Segundo a empresa, os indivíduos entraram na casa armados com facas, barras de ferro e outros tipos de armas brancas e atentaram contra a vida dos que estavam no local, com gritos e insultos racistas.
"O pior não ocorreu pois nossos atletas conseguiram fugir e se esconderam ao longo da noite nas matas, só saindo ao amanhecer", refere a empresa.
A PSP tomou conta da ocorrência.