O tenista sérvio Novak Djokovic apresentou um recurso legal contra a decisão das autoridades australianas de cancelar o seu visto e deportá-lo do país, anunciou hoje o tribunal.
Um juiz de Melbourne, Anthony Kelly, irá ouvir o caso às 16:00 (05:00 em Lisboa) do tenista, que tem estado detido pelas autoridades de imigração em Melbourne desde que chegou ao país na quarta-feira à noite com a intenção de competir no Open da Austrália.
Djokovic chegou ao aeroporto da cidade de Melbourne na quarta-feira à noite com uma isenção médica que lhe permitiria defender o seu título no Open da Austrália, mas os funcionários de controlo fronteiriço revogaram o seu visto quando o tenista não conseguiu justificar a autorização e detiveram-no durante várias horas.
O tenista de 34 anos encontra-se num hotel de quarentena em Melbourne à espera de ser deportado, segundo os media locais.
Já 20 vezes vencedor do Grand Slam, tal como Roger Federer e Rafael Nadal, o sérvio Novak Djokovic tem como objetivo um 21.º título em Melbourne.
O Open da Austrália, que começa a 17 de Janeiro, é o seu torneio favorito: foi em Melbourne que o sérvio ganhou o seu primeiro Grand Slam (2008), e ninguém lá ganhou tanto como ele (nove vitórias).
Na terça-feira o tenista revelou que lhe tinha sido concedida uma "isenção médica" para fazer a viagem. A federação australiana solicitou o sigilo médico para evitar justificar a renúncia.
O anúncio provocou reações negativas por parte de alguns jogadores, que denunciaram um padrão duplo, e por parte de alguma imprensa australiana, num país onde as medidas de combate à covid-19 foram particularmente rigorosas.
Novak Djokovic já se tinha pronunciado em abril de 2020 contra a vacinação obrigatória, que estava prevista na altura para permitir que os torneios fossem retomados.