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Covid-19: Autoridades timorenses enviam para Austrália amostras suspeitas de Omicron

As autoridades timorenses enviaram hoje para a Austrália oito amostras positivas de SARS-CoV-2 perante suspeitas de que os casos possam ser os primeiros da variante Ómicron detetados no país, disse à Lusa uma responsável timorense.

Covid-19: Autoridades timorenses enviam para Austrália amostras suspeitas de Omicron
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“Foram enviadas hoje mais oito amostras de casos que suspeitamos possam estar relacionados com a variante Omicrón. Esperamos poder ter o resultado em breve”, explicou à Lusa Odete da Silva Viegas, coordenadora geral da comissão responsável pelo combate à covid-19 em Timor-Leste.

“Trata-se de casos de infeção detetados em pessoas que chegaram a Timor-Leste por via aérea”, sublinhou, referindo que recentemente já tinham sido enviadas três outras amostras pelo mesmo motivo.

Odete da Silva Viegas explicou que até ao momento e desde o inicio da pandemia as autoridades timorenses enviaram cerca de mil amostras para a Austrália para análises de sequenciação genómica às variantes, algo que não é possível no Laboratório Nacional.

Desde março de 2021 que um laboratório da cidade australiana de Melbourne tem apoiado as autoridades timorenses para a deteção das variantes presentes em Timor-Leste, ajudando assim o país a responder melhor aos vários momentos da pandemia.

As análises são realizadas pelo Laboratório de Saúde Pública da Unidade de Diagnóstico Microbiológico do Instituto Doherty de Melbourne, que efetua a sequência de genomas de micróbios desde 2015 e que tem sido essencial na resposta à covid-19.

Os testes conduzidos no Laboratório Nacional de Timor-Leste aplicam a técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR, na sua sigla em inglês), que permitem detetar a presença efetiva no vírus, naquele momento, no organismo da pessoa.

A confirmação do caso positivo exige os testes PCR em tempo real (conhecidos também como testes do gene E), para o processo de triagem, e ainda ensaios RdRp (de polimerase viral, do inglês RNA-dependent RNA-polymerase), para confirmação.

Porém, estes testes apenas identificam uma pequena parte do vírus, confirmando apenas a sua presença sendo necessário o sequenciamento genómico – que mapeia os 29.903 blocos de construção individuais do código genético do SARS-CoV-2.

O sequenciamento genómico, por outro lado, usa o RNA extraído para sintetizar o que é conhecido como “DNA complementar”, uma forma mais robusta que o RNA e que permite a sequência, processo que pode demorar, em cada amostra, entre quatro e 36 horas.

Timor-Leste regista atualmente 11 casos ativos de infeção – nove em Díli e dois em Bobonaro - com o SARS-CoV-2, com duas novas infeções registadas nas últimas 24 horas na capital timorense, de entre 326 testes.

Desde o início da pandemia registaram-se já no país 122 mortes – a grande maioria no pico da infeção com a variante Delta, entre julho e outubro – e um total de 19.844 casos.

No que se refere à vacinação, já receberam pelo menos a primeira dose 83,5% da população com mais de 18 anos, com 68,5% da população desse grupo etário já com a vacinação completa.

As autoridades inocularam ainda mais de 20 mil menores de 17 anos com a vacina Pfizer, tendo esta semana iniciado a distribuição do reforço da vacina a grupos de risco e trabalhadores da linha da frente.

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