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Crónica: Boavista salva ponto perante Tondela cínico no encontro 200 de Petit

O Boavista resgatou hoje com sacrifício e justiça um empate tardio a uma bola na receção ao Tondela, em encontro da 17.ª jornada da I Liga de futebol, no qual foi globalmente mais audaz, mas esteve perto de voltar às derrotas.

Crónica: Boavista salva ponto perante Tondela cínico no encontro 200 de Petit
Futebol 365

No Estádio do Bessa, no Porto, Salvador Agra colocou o Tondela em vantagem, aos 71 minutos, mas o venezuelano Jeriel de Santis repôs a igualdade, aos 88, tranquilizando Petit, que cumpriu a 200.ª partida na I Liga e prossegue como terceiro treinador em atividade com mais longevidade na prova, depois de Sérgio Conceição (281) e Carlos Carvalhal (228).

O Boavista, que não perde há três rondas, subiu ao 10.º lugar, com 17 pontos, um acima do Tondela, que somou o primeiro empate na I Liga e é 13.º colocado, a quatro dias de visitar o Rio Ave, da II Liga, numa histórica presença nos ‘quartos’ da Taça de Portugal.

Os ‘axadrezados’ entraram mais acutilantes e deixaram duas sérias ameaças à baliza de Pedro Trigueira, com Gustavo Sauer, servido por Petar Musa, a atirar alto, ao quarto minuto, e Bebeto a intercetar em cima da linha de golo um desvio de Paul Ntep, aos 15.

O camaronês foi titular pela primeira vez no campeonato, em substituição de Yusupha, prestes a disputar a Taça das Nações Africanas, e voltou à carga aos 28 minutos, numa tentativa acrobática, após uma ‘rosca’ de Nathan, a outra novidade no ‘onze’ de Petit.

A equipa de Pako Ayestarán, com João Pedro e Renat Dadashov a renderem Ricardo Alves e Daniel dos Anjos, respetivamente, despertou depois da meia hora, com Rafael Barbosa a finalizar a centímetros do alvo uma transição vertiginosa de Salvador Agra.

Ato contínuo, Musa testou os reflexos de Pedro Trigueira, ao passo que Rafael Bracali controlou o ‘disparo’ à meia-volta de Dadashov, aos 39 minutos, culminando sem golos uma etapa inaugural com poucos lances vistosos e prejudicado por algumas paragens.

A lesão de Tiago Ilori estimulou o Boavista a mexer estruturalmente no reatamento, ao prescindir do trio de defesas centrais para reforçar o meio-campo, tendo Petar Musa assustado aos 49 minutos, num cabeceamento ao lado, após canto de Gustavo Sauer.

Os anfitriões continuaram pressionantes e atrevidos, mas sem a inspiração necessária para descobrir espaços na coesão do Tondela e criar lances condizentes com o maior caudal ofensivo, mesmo alargando a frente de ataque já dentro da última meia hora.

Indiferente à tendência do jogo, os beirões responderam com frieza nas transições e desbloquearam o marcador aos 71 minutos, com Dadashov a entregar na esquerda em Salvador Agra, que driblou Reggie Cannon e colocou a bola a entrar ao primeiro poste.

O conjunto de Petit acusou o desfecho inglório do único remate consentido no segundo tempo e demorou a recompor-se, mesmo perante o reiterado desacerto de Petar Musa, em novo ‘tiro’ desenquadrado, aos 74 minutos, encontrando razões para sorrir aos 88.

Na sequência de uma intervenção incompleta de Pedro Trigueira ao canto levantado por Gustavo Sauer na direita, Modibo Sagnan ainda negou em cima da linha de golo uma emenda de Musa, com o esférico a sobrar para a recarga do suplente Jeriel de Santis.

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