O jogador brasileiro Gustavo Galil disse hoje ter já acautelado um eventual desempate por penáltis no encontro entre Leça e Sporting, na terça-feira, em Paços de Ferreira, dos quartos de final da Taça de Portugal.
“Os nossos analistas enviaram, a mim e aos outros guarda-redes, dados sobre os penáltis do Sporting, mas, se pudermos resolver nos 90 ou 120 minutos, é isso que queremos. Se formos a penáltis, estou preparado, tal como toda a equipa, que tem vindo a treinar para superar essa fase”, partilhou o guarda-redes, de 23 anos, em conferência de imprensa.
O Leça, do Campeonato de Portugal, recebe o campeão nacional Sporting na terça-feira, às 20:45, num embate deslocado por questões de segurança para o Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, com arbitragem de Manuel Mota, da associação de Braga.
“A minha intuição diz que vamos passar. Há que respeitar o Sporting e sabemos que vai ser muito difícil, mas temos uma palavra a dizer. Penso em ajudar o Leça, mas não vou ser hipócrita e dizer que esta partida não é uma oportunidade para gente desconhecida”, admitiu Gustavo Galil, figura na surpreendente da campanha do Leça na prova ‘rainha’.
Depois de ter defendido quatro pontapés em cinco possíveis no desempate por penáltis frente ao primodivisionário Arouca, na terceira ronda, o brasileiro elevou o estatuto de ‘herói’ no jogo dos ‘oitavos’, ao marcar a sétima e última conversão dos matosinhenses, após travar duas do Paredes, que também atua no quarto escalão do futebol nacional.
“Procuro sempre treinar, independentemente de bater ou não penáltis quando chegar a hora. Não era um dos marcadores definidos contra o Paredes. Foi uma situação em que me sentia confiante e a minha intuição disse que era para marcar. Pedi isso e pude ser feliz. Preparei os penáltis nessa semana, tal como nesta. Estamos preparados”, vincou.
O Leça já igualou a melhor prestação de sempre na Taça de Portugal, ao deixar pelo caminho Lusitânia de Lourosa (1-0), da Liga 3, Sporting de Pombal (4-0), dos escalões distritais, Arouca (2-1 no desempate por penáltis, após 1-1 no prolongamento) e Gil Vicente (1-0), ambos da I Liga, e Paredes, (6-5 nos penáltis, após 1-1 nos 120 minutos).
“É um jogo de nível muito alto, que a maioria dos jogadores nunca teve oportunidade de desfrutar, mas o balneário está contente e ansioso. Fomos testados à covid-19 todos os dias e a malta estava apreensiva, porque ninguém queria ficar de fora. Graças a Deus, tivemos todos testes negativos e estamos disponíveis para jogar”, contou Gustavo Galil.
O líder da Série C do Campeonato de Portugal, a par do Salgueiros, é o único clube não profissional presente nos quartos de final da Taça de Portugal, fase que já não jogava desde 1994/95, quando, então na II Liga, foi goleado na receção ao FC Porto (0-4).
O conjunto treinado por Luís Pinto fez mesmo regressar um emblema do quarto escalão aos oito finalistas da Taça de Portugal 22 anos após os Dragões Sandinenses, que em 1999/00, então integrados na III Divisão, apenas perderam no estádio do Sporting (0-3).
“Claro que quero jogar sempre, mas temos um treinador que toma as decisões e há que respeitar. O que procuro fazer é aproveitar as oportunidades que me dão”, concluiu Gustavo Galil, habitual suplente de João Pinho no Campeonato de Portugal, mas com cinco jogos realizados em outras tantas rondas na edição 2021/22 da prova ‘rainha’.