O Benfica não foi hoje além de um empate (1-1) na receção ao Moreirense, em jogo da 18.ª jornada da I Liga em futebol, marcado pelo golo na própria baliza do lateral direito dos ‘encarnados’ Gilberto.
Depois de uma primeira parte sem golos, o Moreirense adiantou-se no marcador, aos 61 minutos, quando Gilberto, hoje com uma exibição negativa, introduziu a bola na própria baliza. Darwin, aos 65, fez a igualdade que acabaria por ser o resultado final.
Um resultado que poderá prejudicar gravemente as ligeiras aspirações do Benfica, que poderá ver o líder FC Porto ficar com nove pontos de vantagem, caso vença este domingo o Belenenses SAD.
Com o regresso de Vlachodimos à baliza e de Darwin no ataque, a grande novidade apresentada pelo Benfica foi a estreia de Paulo Bernardo no onze inicial, como médio direito, lugar habitualmente de Rafa, que esta noite passou para o lado oposto fruto da ausência de Everton, infetado com o novo coronavírus.
Os ‘encarnados’ até entraram mais fortes no jogo, a dominar a posse bola, mas mostraram pouca clarividência na chegada à zona de finalização. Aliás, o primeiro e único remate de perigo do Benfica na primeira parte foi aos 20 minutos, quando Rafa levou a bola a bater na trave da baliza defendida por Kewin Silva.
O Moreirense, embora tenha sentido dificuldades para reter a posse de bola, a verdade é que quando o conseguiu mostrou qualidade para sair em ataque rápido e em contra-ataque. Deixando claro que esta poderia ser a forma para surpreender a linha defensiva do Benfica, depois das iniciativas de Walterson Silva, aos 23 minutos, e de Rafael Martins, aos 38, que acabaram nas mãos de Vlachodimos.
A igualdade ao intervalo espelhava bem a falta de eficácia dos ‘encarnados’, que viram as tentativas de Seferovic, aos 34 minutos, João Mário, aos 36, e Morato, aos 42, saírem ao lado da baliza dos forasteiros.
Na segunda parte, a toada manteve-se e os erros também. Os ‘encarnados’ teimavam em jogar pelo corredor central, afunilando o jogo, em vez de aproveitar as capacidades de Grimaldo, na esquerda.
Na direita, Gilberto parecia ter o ‘toque de midas’. Quando tocava na bola ‘estragava’. E estragou tanto que foi dele o golo, aos 61 minutos, que colocou o Moreirense a vencer.
Após um cruzamento para o segundo poste, Gilberto cortou de maneira deficiente, Otamendi tentou afastar a bola, mas aliviou contra o lateral brasileiro e esta entrou na baliza do Benfica.
Lá diz o ditado que ‘quem com ferros mata, com ferros morre’. Aos 65 minutos, a defesa do Moreirense tentou aliviar a bola, esta foi ter com Darwin e o uruguaio, a dois tempos, fez a igualdade.
Com isto, o encontro ganhou nova cor, com oportunidades de parte a parte, com destaque para o remate de André Luís, aos 71 minutos, valendo a defesa de Vlachodimos sem grandes dificuldades.
Depois de já ter feito entrar Diogo Gonçalves para o lugar de Seferovic, Nélson Veríssimo colocou em campo Valentino Lázaro e Yaremchuck, que renderam Gilberto (vaiado pelos adeptos por sair a passo) e Paulo Bernardo, aos 73 minutos, coincidindo com o melhor período do Benfica.
Ao perceber que os ‘encarnados’ estavam muito subidos no terreno, Ricardo Sá Pinto, consciente que o Moreirense estava a defender bem, refrescou a frente de ataque. Colocou em campo Felipe Pires, André Luís e Derik Lacerda, procurando impedir que o Benfica se lançasse no ataque.
Satisfeito com o empate, o Moreirense ia aproveitando para ‘queimar tempo’ nas reposições de bola em jogo, para desespero do Benfica, que ainda viu Otamendi, de cabeça, falhar a última tentativa de golo, aos 90+6.