André Ceitil entrou aos 81 minutos na derrota do Vilafranquense com o Penafiel, por 4-3, no sábado, mas, apesar do resultado negativo, mostrou-se “extremamente feliz” por voltar à competição, após lesão que o afastou durante 14 meses.
"Senti uma alegria enorme por voltar a fazer aquilo que mais gosto. Vivi muitos altos e baixos, mas no fim acabou tudo por correr bem e voltei a jogar sem dores e com o joelho completamente recuperado", disse à Lusa o médio, que jogou pela última vez em 18 de outubro de 2020, quando completou 58 minutos no empate com o Sporting da Covilhã, 2-2, na sexta jornada da II Liga de futebol.
Posteriormente, o jogador do emblema ribatejano viu-se a contas com uma necrose do côndilo femoral interno, que obrigou a duas operações e a uma paragem prolongada de mais de um ano.
"Inicialmente ia voltar a jogar em fevereiro de 2021, mas as coisas não correram bem e o médico disse que tinha de ser operado de novo", conta, relembrando que "esse momento foi duro", uma vez que a cirurgia tinha riscos e que podia não voltar a jogar.
Emocionado, o médio, de 26 anos, confessou à Lusa que, depois da segunda operação, "houve momentos em que quis desistir", assegurando que foram meses muito duros fisicamente, mas também psicologicamente.
Todavia, explica, foi na família e amigos que se refugiou para ultrapassar a lesão: "Não podia desistir por toda a gente que tinha à minha volta e que sempre me apoiou. Os meus pais, que me providenciaram tudo, e toda a família e amigos, que sempre me apoiaram e deram força. Agarrei-me primeiro a eles para os deixar orgulhosos e só depois a mim e ao meu sonho de jogar futebol".
Durante os 14 meses, o médio do Vilafranquense fez trabalho de ginásio e, apesar dos períodos mais conturbados psicologicamente, garante que tentou ter sempre uma mentalidade positiva.
"O futebol é a minha vida e não podia desistir. Sou um lutador”, assevera, acrescentando que o regresso aconteceu algumas semanas antes da data inicialmente prevista. "Só foi possível fruto do trabalho da equipa médica que me acompanhou", sublinha.
André Ceitil entrou para os derradeiros minutos do jogo com o Penafiel e, apesar da lesão que obrigou a uma paragem prolongada, conta, não teve receio de disputar cada lance com a máxima intensidade.
"Não houve fantasmas. Quando entro dentro de campo dou tudo e não deixo nada para trás. Se sentisse que não estava bem era o primeiro a dar essa indicação, mas sinto-me a 100%", assegura.
Para o futuro, o futebolista, que leva três épocas ao serviço do Vilafranquense, aponta a manutenção do clube "o mais rapidamente possível" como o grande objetivo coletivo.
Já a nível individual, André Ceitil quer "desfrutar do futebol, somar minutos" e voltar a exibir-se ao melhor nível na II liga.