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Pinto da Costa recorda, no antigo colégio, crónicas desportivas que escreveu

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, desvendou hoje, no regresso ao seu antigo Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso, o motivo pelo qual não é jornalista.

Pinto da Costa recorda, no antigo colégio, crónicas desportivas que escreveu
Futebol 365

Perante uma assistência de actuais alunos, e depois de ouvir algumas das suas crónicas desportivas publicadas no jornal ''O Nosso Colégio'', em 1955, Pinto da Costa gracejou com a sua “costela” de repórter.

''Só não fui jornalista desportivo porque quando concorri para o jornal A Bola disseram-me que tinha que dizer mal de mim, senão não escrevia lá. Como achei que não devia dizer mal de mim, desisti'', ironizou.

Convidado a comentar a pena de três meses de suspensão por ter prestado declarações ainda a cumprir castigo, Pinto da Costa declinou, considerando que ''seria uma ofensa'' para o local em que se encontrava.

Quase 20 anos após a última deslocação ao colégio que frequentou, entre 1950 e 1955, Pinto da Costa participou hoje na ''Semana da Paz'', em que conviveu com os actuais alunos e assistiu a várias iniciativas.

O presidente dos ''dragões'' ouviu crónicas que escreveu em 1955, em que o jornalista Pinto da Costa fazia referências elogiosas ao futebolista Pinto da Costa e a Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF.

Pinto da Costa foi acompanhado na visita às instalações, onde se reviu em várias fotografias, pelo padre Cristiano Oliveira, que, apesar de não ter sido seu professor, recorda-o como um aluno ''bem humorado e de espírito aberto''.

O dirigente emocionou-se ao declamar ''O Cântico Negro'' (vulgo Vem Por Aqui), de José Régio, e arrancou gargalhadas à plateia ao recitar, com sotaque brasileiro, o poema ''A Menina Gorda'', de Rui Ribeiro Couto.

Pinto da Costa, ex-aluno número 115 da instituição, declamou ainda ''Aguarela'', de Cesário Verde, e recebeu das mãos da bibliotecária do colégio um manual de francês que lhe pertenceu, com crónicas e desenhos.

O dirigente assistiu ainda a um espectáculo proporcionado pelos alunos, que incluiu vários poemas, entre os quais o ''É Urgente o Amor'', de Eugénio de Andrade, peças musicais e um bailado.

Pinto da Costa recordou os alunos e professores com quem privou, alguns já desaparecidos, e homenageou os padres António Magalhães e João Abrantes, pelo muito que contribuíram para a sua formação.

''Esta escola é uma verdadeira escola de vida'', defendeu Pinto da Costa, recordando os ensinamentos de ''rigor, pontualidade e camaradagem'' que ainda hoje estão bem presentes na orientação do seu dia a dia.

O dirigente reconheceu que a visita ao colégio, apesar de alguma nostalgia por se ver em fotografias já com alguns amigos desaparecidos, o deixou ''rejuvenescido'' e com o ''espírito renovado''.

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