O surto de covid-19 no Lar Recolhimento Ramalho Barahona, da Santa Casa da Misericórdia de Évora, que infetou 88 utentes com o SARS-CoV-2, está em «curva descendente» de casos ativos, disse hoje o provedor da instituição.
“Está claramente em curva descendente e a caminho da resolução, mas vai demorar e, provavelmente, ainda surgirão mais alguns casos positivos”, indicou o responsável, Francisco Lopes Figueira, em declarações à agência Lusa.
Segundo o provedor da Misericórdia de Évora, do total de 88 utentes do lar infetados com o coronavírus SARS-CoV-2 na sequência deste surto, 51 já recuperaram da doença, 35 são casos ativos e estão a cumprir isolamento e dois morreram.
“Tivemos dois falecimentos” de utentes que “também estavam positivos” para o SARS-CoV-2, mas não morreram por “essas razões”, e outras duas pessoas com covid-19 foram assistidas para o hospital igualmente “por outras razões”, adiantou.
Lopes Figueira precisou que 19 funcionários do lar também ficaram infetados com o coronavírus, dos quais 14 são casos ativos e os restantes já recuperaram da doença.
Este surto foi detetado, no passado dia 22 de janeiro, quando “uma utente começou a ter febre” e foi testada, “verificando-se que estava positiva”, referiu, anteriormente, o provador da instituição.
De acordo com o responsável, “todos os utentes e funcionários” da instituição “já têm a 3.ª dose da vacina”.
O Lar Recolhimento Ramalho Barahona da Santa Casa da Misericórdia de Évora tem cerca de 140 utentes e 105 funcionários.
A covid-19 provocou pelo menos 5.671.154 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.968 pessoas e foram contabilizados 2.690.690 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.