As autoridades registaram 127 casos de suspeitas de reações adversas graves às vacinas contra a covid-19 em crianças e jovens em Portugal, das quais 15 mio/pericardites, em mais de 1,4 milhões de doses administradas nestas faixas etárias.
Segundo o relatório de monitorização da segurança das vacinas contra a Covid-19 em Portugal, do Infarmed, até final de janeiro foram notificadas 25 casos considerados graves na faixa etária dos 05 aos 11 anos e 102 entre os 11 e os 17 anos de idade.
No total, entre os 05 e os 11 anos de idade foram administradas até final de janeiro 305.888 vacinas e registados 57 casos de reações adversas (0,9%). Das 25 consideradas graves, a maioria já estava descrita na informação das vacinas, como febre, vómitos, diarreia, mal-estar e cefaleia.
Nas crianças até aos 11 anos foram registadas duas miocardites “que evoluíram positivamente para cura”, refere o relatório.
Na faixa etária dos 12-17 anos foram administradas um total de 1.130.446 vacinas e foram registadas 203 reações adversas (0,8%).
Os 102 casos notificados como graves nesta faixa etária referem-se, na sua maioria, a situações de síncope ou pré-síncope e reações de tipo alérgico, “que dependem do perfil individual do vacinado”, sublinha o documento.
O relatório do Infarmed diz ainda que estes casos “motivaram observação e/ou tratamento clínico, mas todos tiveram evolução positiva e sem sequelas”.
Entre os casos considerados graves registados dos 12 aos 17 anos de idade contam-se 13 situações de mio/pericardites.
“A miocardite e a pericardite são doenças inflamatórias de etiologia variada, normalmente associadas, sobretudo nesta faixa etária, a infeções virais”, sublinha o Infarmed.