Os gastos dos clubes de futebol no mercado de transferências internacional de inverno superaram os 900 milhões de euros, voltando a aproximar-se de valores anteriores à pandemia de covid-19, denota um relatório hoje publicado pela FIFA.
Depois de um ano marcado pela contenção, em função da incerteza pandémica e dos estádios vazios ou restritos, o futebol voltou aos hábitos de ‘gastador’, com um aumento de 74,7% em relação a janeiro de 2021.
O país onde se gastou mais dinheiro foi a Inglaterra, com 306 milhões de euros aplicados pelos clubes ingleses, bem longe da França, que gastou quase 66 milhões mas foi o segundo país onde mais dinheiro entrou: 86,9 milhões, atrás dos ingleses (95,1).
No terceiro posto da tabela dos que mais ‘faturaram’ está Portugal, com 82,6 milhões de euros angariados, tendo sido o sétimo país mais ‘exportador’, com 96 saídas, longe do líder Brasil (176).
Mais próximos estão os dois países de língua portuguesa na entrada de jogadores, com 201 contratações em solo brasileiro – o campeonato do Brasil funciona em torno do ano civil, ao contrário dos europeus -, seguido de Portugal, com 194 – o terceiro, a Espanha, regista 175.
No futebol feminino, nota para o aumento do número de transferências, com 427 mil euros gastos em transações, um novo recorde.
Neste caso, Portugal foi o quinto país mundial com mais entradas, 18, longe de Espanha, com 46, e o quinto mais gastador, com pouco mais de 10 mil euros investidos.
Outro relatório da FIFA, datado de 03 de fevereiro, estima em sete mil milhões de euros os custos totais para o futebol europeu da pandemia de covid-19, com particular nota para a redução de 40% nas receitas provenientes de transferências de jogadores.