O FC Porto venceu o Sporting por 2-1, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, num encontro em que foi a equipa mais madura, mais eficaz e que menos erros cometeu.
A equipa portista resolveu o jogo no espaço de cinco minutos, entre os 59 e os 64 minutos, operando a reviravolta no marcador, após o golo de Sarabia aos 49, depois de uma primeira parte em que, por erros próprios, permitiu ao Sporting criar várias oportunidades de golo, mas com os ‘leões’ a desperdiçarem por falta de clarividência no momento da definição das jogadas.
O FC Porto cometeu um erro capital na primeira parte que lhe podia ter custado caro, por falta de segurança na circulação de bola, com muitas perdas face à pressão dos médios do Sporting, que recuperavam a bola, rodavam e partiam com ela dominada, de frente para a defesa portista.
No entanto, houve sempre muita precipitação e falta de clarividência no último passe, que saía com força a menos ou a mais, ou a opção no momento da definição não era a mais indicada, como aconteceu aos 23, 30 e 36 e 45+3 minutos, em que o Sporting desperdiçou boas oportunidades.
O FC Porto chegou ao fim da primeira parte aliviado com o nulo que se verificava, por não ter conseguido ser uma equipa compacta e por não ter conseguido controlar o jogo com bola, enquanto o Sporting não foi, simplesmente, eficaz.
Na segunda parte, Ruben Amorim trocou Nuno Santos, muito precipitado, por Edwards, e o Sporting chegou ao golo logo aos 49 minutos, na sequência da marcação de um livre, com a bola a ser metida por Porro para a entrada da área, quando a defesa portista esperava por um cruzamento, e a classe de Sarabia fez a diferença, com um remate fantástico ao ângulo superior direito da baliza de Marchesín.
Ainda o golo do Sporting estava ‘quente’ e já o FC Porto empatava, através de um penálti infantil cometido por Porro, aos 59 minutos, sobre Evanilson, quando este corria para fora da área, sem perigo iminente para a baliza de Adán, num castigo máximo superiormente executado por Taremi.
Porro podia ter deixado Evanilson sair da área com a bola para evitar o perigo, mas o espanhol, que já tinha feito outro penálti infantil frente ao Famalicão em Alvalade, quis disputar a bola e acabou por dar um penálti ao FC Porto.
Cinco minutos depois o FC Porto dava a volta ao resultado, com a contribuição, desta vez, de Adán, que teve uma saída extemporânea da baliza, o que facilitou o segundo golo portista, com muito mérito para Vitinha e, sobretudo, Taremi, com um toque de calcanhar para Evanilson.
Dois erros individuais do Sporting, dois golos, enorme eficácia do FC Porto, que a partir daí nunca mais perdeu o controlo do jogo, em larga escala por ter corrigido ao intervalo o que estava a fazer mal até aí, passando a jogar ao primeiro toque, o que permitiu tornear a pressão dos médios e dos avançados do Sporting, que tinha dado tão bom resultado na primeira parte.
Por outro lado, a entrada de Edwards, um corpo estranho na equipa e um jogador sem garra, não ajudou, nem mesmo a entrada de Slimani para a saída de Neto, a 20 minutos do fim, porque o FC Porto nessa altura conseguiu ter bola, geri-la com inteligência, enquanto os jogadores do Sporting se precipitavam cada vez mais, na sofreguidão de chegar depressa ao 2-2.
Ruben Amorim ainda tentou dar alguma clarividência e ao meio-campo com a entrada de Daniel Bragança, aos 81 minutos, a render Ugarte, mas o último ‘assalto’ à baliza do FC Porto foi sempre precipitado, com falhas no penúltimo e último passe, perante um adversário experiente, batido, que estava por cima em termos anímicos.
A vitória do FC Porto é justíssima, por ter sido a equipa que cometeu menos erros, por ter sido a mais eficaz, a que revelou maior controlo emocional e maior maturidade.