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Taça Davis: Rui Machado vê em Portugal «equipa para as Davis Cup Finals»

O ‘capitão’ Rui Machado fez hoje um balanço muito positivo da vitória de Portugal sobre a Polónia, por 4-0, que garantiu a permanência da seleção nacional de ténis no Grupo Mundial 1 da Taça Davis.

Taça Davis: Rui Machado vê em Portugal «equipa para as Davis Cup Finals»
Futebol 365

“Estamos a falar de defrontar seleções muito fortes no Grupo Mundial. Como se vê, jogar em casa é muito diferente do que jogar fora. E no acesso ao Grupo Mundial é muito diferente também. É isso que tem de encaixar um bocadinho. O momento de forma dos nossos jogadores, o sorteio em casa ou fora. Agora, temos opção de jogar com outras seleções e, se se juntarem alguns fatores, sim, temos equipa para as Davis Cup Finals”, avançou Machado, referindo-se à próxima eliminatória, em setembro, que apurará as equipas para o ‘qualifying’ das Finais da Taça Davis.

Após os dois pontos conquistados nos primeiros encontros de singulares, jogados na sexta-feira, no Complexo Municipal da Maia, por João Sousa e Nuno Borges, e do triunfo de hoje de Borges e Francisco Cabral nos pares e da vitória de Gastão Elias no quarto e último duelo da eliminatória, Rui Machado defendeu ter “um banco de luxo”, onde ainda contou com Pedro Sousa, que substituiu Frederico Silva, lesionado no ombro esquerdo.

“Referia-me a toda a gente, incluindo o Frederico Silva. Ter um João Sousa, Gastão Elias e Pedro Sousa no banco deste jogo de pares é especial. Sinto-me um privilegiado por poder partilhar isto com eles. Senti-me muito privilegiado por todos competirem comigo, estarem comigo e porque todos me seguiram e ouviram. Estiveram comigo e com a equipa técnica, em todos os momentos. Temos de ter esta semana como referência, o ambiente que se viveu no balneário, a amizade.

Segundo o ‘capitão’, “esta semana foi muito especial, porque todos estiveram muito bem, souberam estar no seu papel durante todos os momentos”. “E houve aqui coisas diferentes nesta eliminatória. Todos estiveram perfeitos”, frisou.

Embora tenha reconhecido “algumas dores de cabeça para fazer esta convocatória”, o Machado apontou alguns fatores para a decisão de colocar o jovem maiato Borges, de 25 anos, a jogar ao lado de Francisco Cabral, estreante em eliminatórias da Taça Davis, com quem ganhou seis títulos de pares em torneios de categoria ‘challenger’, em 2021.

“Vi-os competir no ‘challenger’ da Maia, era a estreia do Francisco [Cabral], mas ao lado de um grande amigo, num sítio onde ganhou dois torneios consecutivos e com as mesmas bolas. Outro fator é que conheço bem o Francisco, sei que tem estofo. Estava à espera que pudesse ficar nervoso, o que é normal, mas esperava que reagisse como reagiu. Foi um campeão na maneira como jogou, como se encaixou com o público, como se desenrascou nesta primeira vez”, explicou Machado, acrescentando que “eles os dois têm a ‘estrelinha’ e felizmente correu bem”.

Tal como o ‘capitão’, João Sousa, que regista 21 encontros de pares pela seleção nacional, mas hoje ficou no banco, mostrou-se “muito orgulhoso” por Portugal ter alcançado “o objetivo principal, que era a vitória” frente à Polónia.

“O ambiente da equipa foi fantástico durante toda a semana. Já há algum tempo que não começava um encontro nas bancadas e foi diferente. Tentei transmitir um bocadinho a energia que estava a sentir no momento. Todos temos muita experiência em situações de Taça Davis. Às vezes, o público não tem tanta tradição a ver jogos de Taça Davis, portanto havia que incutir essa boa energia. Foi isso que tentei transmitir e acho que correu muito bem”, afirmou o vimaranense.

Apesar de reconhecer que Borges e Cabral não “começaram da melhor maneira”, João Sousa defendeu que ambos “fizeram um excelente encontro” para conquistar o ponto decisivo, após baterem Szymon Walkow (93.º no ‘ranking’ ATP de pares) e Jan Zielinski (79.º), pelos parciais de 3-6, 6-3 e 6-4.

“Tiveram um nível incrível, jogaram um grande encontro e estou muito orgulhoso disso. Agora é finalmente desfrutar depois de uma boa eliminatória e pensar no que aí vem”, sublinhou o minhoto.

Nuno Borges, por sua vez, destacou a boa atitude da dupla portuguesa, “em continuar a acreditar e a fazer o que era preciso fazer” para dar a volta ao encontro e garantir a manutenção no Grupo Mundial 1.

“Mais contentes não podíamos estar com uma estreia a singulares [Borges], na Maia, e em pares, a do Francisco”, completou.

Francisco Cabral, também de 25 anos, além de confessar ter vivido uma “experiência inacreditável” ao representar o seu país em Portugal, enalteceu a concretização do “grande objetivo que era a vitória”.

“A equipa teve um papel fundamental em tranquilizar-nos. O Nuno já tinha jogado, eu nunca. Eles têm muitas eliminatórias nas pernas, sabem os nervos que há numa estreia e tiveram um papel crucial na nossa exibição”, concluiu Cabral.

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