Crónica: Marítimo retoma subida de forma à custa de um Moreirense ansioso

Em Moreira de Cónegos, o defesa brasileiro ‘selou’, aos 30 minutos, o quinto triunfo fora dos madeirenses, que pontuaram pela oitava vez nas derradeiras 10 rondas e voltaram aos triunfos duas partidas depois, subindo provisoriamente ao sexto lugar, o último que ainda poderá dar acesso às provas europeias na próxima temporada, com 32 pontos.

Com objetivos bem distintos prossegue o Moreirense, 17.º e penúltimo colocado, com 20 pontos, que somou a quinta derrota nos últimos oito jogos, antes de receber o campeão nacional Sporting, adversário com o qual o Marítimo empatou na jornada anterior (1-1).

Afastado por razões disciplinares da igualdade em Arouca (1-1), Ricardo Sá Pinto voltou ao banco dos vimaranenses e concedeu a primeira titularidade em quatro meses a Derik Lacerda, por troca com Artur Jorge, forçando uma inovação tática de ‘3-4-3’ para ‘4-4-2’.

O Moreirense até correspondeu a essa pretensão ofensiva com uma entrada em campo mais pressionante, mas sem dispor de espaço para alvejar a baliza de Paulo Victor, numa fase em que o Marítimo até se mostrava pouco acutilante e com movimentações previsíveis.

Apoiados por sensivelmente duas centenas de adeptos nas bancadas, realidade pouco comum nos jogos dos clubes insulares no continente, os madeirenses precisaram de recorrer aos lances de bola parada para colocar em sentido a estratégia dos anfitriões.

Aos 25 minutos, Cláudio Winck, que regressou ao ‘onze’ de Vasco Seabra, desviou ao lado um livre lateral de Stefano Beltrame, para, à meia hora, Matheus Costa finalizar de cabeça um centro na esquerda de André Vidigal, após canto de Xadas no lado contrário.

Os minhotos ainda esboçaram uma reação até ao intervalo, expressa num ‘tiro’ colocado de Jefferson para defesa apertada de Paulo Victor, aos 34 minutos, e num pontapé às malhas laterais de Matheus Silva, chamado para substituir o castigado Paulinho, aos 38.

O duelo esteve mais mexido no início da segunda parte, com Pablo Santos a cabecear para defesa de Paulo Victor, aos 53 minutos, e Yan a atirar ligeiramente ao lado, aos 56, por entre um ‘tiro’ de longe de Beltrame à barra da baliza de Mateus Pasinato, aos 54.

Xadas e Rafik Guitane voltaram a aproximar o Marítimo do segundo golo depois da hora de jogo, quando Ricardo Sá Pinto decidiu refrescar os corredores com as inclusões de Walterson e Kevin Mirallas, observando mais ansiedade do que critério no Moreirense.

O declarado balanceamento ofensivo dos minhotos quase nunca significou perigo para Paulo Victor, tirando um desvio ao lado de Rafael Martins, aos 69 minutos, ao passo que os insulares iam somando más decisões com cada vez mais espaço para contra-atacar.

Quando o último passe melhorou, André Vidigal obrigou Mateus Pasinato a voar, aos 75 minutos, e Henrique falhou em zona frontal, aos 80, sem beliscar o sétimo triunfo insular em 14 jogos com Vasco Seabra, que treinou em Moreira de Cónegos na última época.