O treinador José Mota, que chegou hoje a acordo com o Leixões para a rescisão do seu contrato, protagonizou a 12.ª alteração de técnico na presente edição da Liga portuguesa de futebol.
A contestação a José Mota subiu de tom após a derrota de domingo por 2-0 com o Rio Ave, em Vila do Conde, em jogo da 18.ª jornada da Liga, que acabou por ditar o fim do ciclo do treinador no Leixões, formação que deixou no 15.º e penúltimo lugar da classificação com 14 pontos.
O sucessor de José Mota, que chegou ao Leixões em 2008/09, ainda não é conhecido, tendo o treino de hoje sido conduzido pelos adjuntos António Pinto e João Fonseca.
A última ''chicotada psicológica'' tinha ocorrido à 14.ª jornada, quando o Belenenses trocou João Carlos Pereira por António Conceição, quatro jornadas depois de Carlos Carvalhal ter rendido Paulo Bento no Sporting.
Carlos Carvalhal tornou-se na altura no quarto técnico a orientar dois clubes na edição de 2009/10 da Liga, depois de ter começado a época no Marítimo e ter saído à sexta ronda, substituído pelo holandês Mitchell van der Gaag.
Quando deixou o Marítimo, foi a terceira vítima do ''chicote'' na temporada em curso, sucedendo a Carlos Azenha e Ulisses Morais, despedidos pelo Vitória de Setúbal e pela Naval 1.º de Maio, ambos após a quarta ronda.
Depois, a Liga viveu uma oitava jornada repleta de novidades, com cinco clubes a estrearem treinadores, com duas trocas diretas - Paulo Sérgio mudou-se do Paços de Ferreira para o Vitória de Guimarães e Manuel Fernandes da União de Leiria para o Vitória de Setúbal.
Se André Villas-Boas substituiu Rogério Gonçalves na Académica, Paulo Sérgio deixou o Paços de Ferreira para substituir Nelo Vingada em Guimarães e Manuel Fernandes saiu da União de Leiria para ir para Setúbal, onde Joaquim Serafim ''Quim'' era técnico interino desde a saída de Carlos Azenha.
A saída de Paulo Sérgio abriu as portas do Paços de Ferreira a Ulisses Morais, enquanto a União de Leiria optou por apostar num regresso de Lito Vidigal à Liga principal.
Lito, que orientou o Estrela da Amadora no início da época anterior, estava agora no Portimonense, que deixou no comando da Liga de Honra quando se mudou para Leiria.
Paulo Bento tornou-se o terceiro técnico a deixar um clube por iniciativa própria, ao sair do Sporting após a nona jornada da Liga, depois de ceder dois empates 1-1 em casa, com o Marítimo e o Ventspils, este para a Liga Europa.
Após quatro anos no comando dos ''leões'', Paulo Bento foi interinamente substituído pelo adjunto Leonel Pontes, que só logrou uma igualdade 2-2 no terreno do Rio Ave, na 10.ª ronda, e agora tem como sucessor Carlos Carvalhal.
Os outros dois treinadores que deixaram clubes por iniciativa própria foram Paulo Sérgio e Manuel Fernandes, tendo este abdicado mesmo de um prémio de 300 000 euros por ter conseguido a subida da União de Leiria à Liga.