O Benfica qualificou-se hoje para a final da Taça da Liga de futebol ao vencer, por 4-1, o Sporting num jogo marcado pelo início desastroso dos “leões”, que viram João Pereira expulso e sofreram de seguida o primeiro golo.
Um início que comprometeu a passagem do Sporting à final da Taça da Liga, quando no espaço de um minuto (o sétimo), o Sporting viu-se reduzido a dez unidades por expulsão de João Pereira e viu o Benfica adiantar-se no marcador.
Uma expulsão incontestável, já que João Pereira “varreu” Ramires à beira da linha lateral, ainda o jogo não tinha “aquecido”.
Na sequência do livre, um erro de marcação e concentração da defesa do Sporting resultou no golo do Benfica, por David Luiz, de cabeça, no coração da área.
As bolas paradas são um dos pontos mais fortes da equipa do Benfica, por ter jogadores com características para este tipo de lances, mas, nem mesmo assim a defesa “leonina”, vulnerável no “jogo aéreo” e avisada do ponto forte “encarnado”, foi capaz de o neutralizar.
Seria noutro lance de bola parada, um pontapé de canto, aos 67 minutos, que o Benfica daria o “xeque-mate” no jogo com toda a simplicidade: canto batido para a entrada da pequena área, onde surgiu Luisão, que tem, no mínimo, mais dez centímetros do que Daniel Carriço, a antecipar-se a este e a “fuzilar” Rui Patrício.
Custa a perceber que tivesse cabido a Carriço a marcação a Luisão, que Rui Patrício tivesse ficado pregado na baliza, quando a bola caiu na sua zona de jurisdição, e que Carlos Carvalhal tivesse demorado 17 minutos a substituir o lateral direito improvisado Adrien, em grandes dificuldades face a Di Maria, que foi o “homem do jogo”.
Para complicar mais a vida do Sporting, um erro grosseiro do assistente de Olegário Benquerença, que assinalou um fora de jogo inexistente a Pongolle, aos 59 minutos, quando este seguia isolado para a baliza de Júlio César, em boas condições para finalizar.
A ganhar cedo e em superioridade numérica, o Benfica mandou no jogo na primeira parte, tendo muito mais tempo de posse e circulação de bola, traduzindo essa supremacia com o segundo golo, à meia hora de jogo, por Ramires (o brasileiro, a jogar a encostado à faixa direita fez uma diagonal bem longa para surgir ao primeiro poste a antecipar-se à defesa “leonina”).
Ao abrir bem as alas, com Ramires na direita e Di Maria na esquerda, que alargavam a frente de ataque para quatro unidades quando o Benfica tinha a bola, Jesus obrigou o Sporting a jogar com o bloco baixo, deixando grandes espaços no meio campo, por onde os “encarnados” circulavam a bola e Liesdon muito abandonado à sua sorte e a iniciativas individuais.
A falta de agressividade de Pedro Mendes e Moutinho no “miolo” acentuou esse domínio, tanto mais que Carvalhal, ao perder uma unidade no meio campo face à expulsão de João Pereira, foi obrigado a encostar Pongolle ao flanco direito, desfazendo a dupla com Liedson.
O golo de Liedson, aos 37 minutos, todo ele de cariz individual, após um passe errado de Ramires, foi um tónico anímico para a reação a que se assistiu do Sporting até ao intervalo.
Na segunda parte, os leões imprimiram maior agressividade e velocidade ao seu jogo e chegou a pairar alguma incerteza sobre a capacidade da equipa poder, ainda, discutir o resultado, até àquela falha de marcação no golo de Luisão, que “matou” o jogo.
A partir daí o Benfica retomou o domínio total do jogo, o Sporting quebrou psicologicamente, Di Maria continuou a dar um verdadeiro “show” perante uma defesa “leonina” pesada e algo “dura de rins”, e Cardozo ainda entrou a tempo de “fazer o gosto ao pé”, aos 94.