O Sporting da Covilhã, da II Liga portuguesa de futebol, lamentou hoje a morte do agente da PSP Fábio Guerra, sócio do emblema serrano.
“O Sporting Clube da Covilhã endereça as mais sentidas condolências à família e amigos do agente da PSP e sócio do nosso clube, barbaramente espancado até à morte em Lisboa. Descansa em Paz”, refere o comunicado divulgado pelo clube.
Fábio Guerra, de 26 anos, era presença habitual, tal como a família, nas bancadas do Estádio Santos Pinto, casa do Sporting da Covilhã, onde na penúltima jornada da II Liga assistiu à vitória dos 'leões da serra' sobre o Trofense, por 2-0.
O covilhanense foi jogador de basquetebol no Clube Desportivo da Covilhã, que manifestou, numa nota, a sua “profunda tristeza, emoção e pesar”, e foi mais tarde árbitro da modalidade.
Fábio Guerra foi também árbitro de futsal da Associação de Futebol de Castelo Branco, após tirar o curso, em fevereiro de 2019, o mesmo ano em que terminou a formação na PSP.
O agente Fábio Guerra morreu hoje devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo na madrugada de sábado no exterior de uma discoteca de Lisboa, confirmou a direção nacional da PSP.
Em comunicado, a PSP informou que o agente morreu pelas 09:58 no Hospital de São José, em Lisboa.
No domingo, a Marinha Portuguesa revelou que dois fuzileiros estão a responder a um inquérito interno e “à disposição das autoridades” para as investigações sobre os acontecimentos que conduziram à agressão de quatro polícias no exterior de uma discoteca em Lisboa.
Em comunicado, a Marinha referiu que, no sábado, “dois militares, do regime de contrato, da classe de Fuzileiros, envolveram-se nos confrontos que ocorreram na madrugada desse mesmo dia, na via pública, junto de um espaço noturno, em Lisboa, tendo posteriormente informado as respetivas chefias” do sucedido.
A Marinha acrescentou que mandou os dois militares apresentarem-se na respetiva unidade, “onde se encontram a responder a um inquérito interno e à disposição das autoridades policiais para as devidas investigações”.
Os outros três agentes da PSP agredidos junto à discoteca MOME, na Avenida 24 de julho, tiveram sábado alta do hospital e prestaram declarações à PJ, que está a investigar o caso, disse à Lusa fonte ligada à PSP.
Em comunicado divulgado no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu pelas 06:30 desse dia “no exterior de um estabelecimento de diversão noturna” e começou “com agressões mútuas entre vários cidadãos”.
Segundo relata a PSP, no local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos “violentamente” por um dos grupos.
O ministro da Defesa Nacional disse hoje que os factos que conduziram à morte de um agente da PSP e que envolvem dois fuzileiros da Marinha “serão apurados e imputados” a quem agiu ao arrepio da lei.
“Os factos deste trágico evento serão apurados e imputados a quem tenha agido ao arrepio da lei e dos valores militares como a honra e a disciplina”, escreveu João Gomes Cravinho na rede social Twitter, lamentando a morte de Fábio Guerra, que foi “vítima de brutal agressão”.
O ministro da Defesa também expressou as “sentidas condolências” à família e amigos do agente, assim como à Direção Nacional da PSP.