O Paços de Ferreira venceu hoje na receção ao Marítimo, por 2-0, e ascendeu ao sétimo lugar da I Liga de futebol, com a permanência quase fechada a cinco jornadas do fim, em semana de aniversário.
Os pacenses, que celebraram na terça-feira 72 anos de vida, quiseram mais do jogo e fizeram mais por vencê-lo, materializando essa superioridade nos tentos de Adrian Butzke, aos nove minutos, e Nuno Santos, aos 29, face a um Marítimo muito macio e pouco audaz.
Com este triunfo, o Paços, que somou a quinta vitória nos últimos sete jogos, descolou dos insulares e subiu à condição ao sétimo lugar, agora com 36 pontos, mais três do que o Marítimo, que é nono.
Paços e Marítimo foram a jogo com três alterações nos respetivos ‘onzes’ relativamente à última jornada, em que ambos perderam, numa curva com tendência descendente no caso dos insulares, após três jogos seguidos sem vencer.
Com o objetivo de permanência praticamente assegurado, nos dois casos, o jogo soou a final de época, uma ideia somente contrariada no Marítimo pelo francês Rafik, o único a tentar remar contra a maré ‘amarela’ que tomou conta do estádio.
Não se pense que o Paços precisou de grande aplicação, valendo-lhe a habitual capacidade de trocar (bem) a bola na zona de construção, um guarda-redes atento e uma melhor capacidade de finalização, tantas vezes o problema maior do conjunto de César Peixoto, alicerçada num vincado querer mais (do jogo) por parte dos seus jogadores.
Na primeira vez que a bola chegou a zonas de finalização, o Paços marcou, por Butzke, aos nove minutos.
O avançado espanhol cedido pelo Granada deu uma cabeçada no marasmo do jogo sem balizas que parecia tomar conta do encontro, desviando ao primeiro poste um cruzamento de Luiz Carlos da direita e, pouco depois, surgiu a ameaça do segundo, nos pés de Nuno Santos, de fora da área, mas Paulo Victor, com uma grande defesa, sacudiu para canto.
O Marítimo era pouco agressivo, com e sem bola, e, em posse, dependia quase exclusivamente das iniciativas de Rafik, de uma ou outra aceleração de André Vidigal, em lances em que a bola caía invariavelmente na zona de ação de Joel, mas nas duas situações em que o avançado camaronês teve hipóteses de rematar com êxito, aos 24 e 45+1 minutos, André Ferreira levou a melhor.
Foi mais eficaz o Paços, que dilatou a vantagem aos 29 minutos, por Nuno Santos, a finalizar com facilidade uma assistência de Butzke, com o guarda-redes maritimista fora da baliza.
Vasco Seabra, de regresso a Paços, de onde é natural e começou para o futebol, surpreendeu com as saídas de Rafik e Vidigal ao intervalo, em trocas que renderam, no entanto, mais aproximações no ataque, mas o melhor que a equipa conseguiu foi um remate ao poste de Tagueau, aos 85 minutos.
O Paços soube gerir o resultado e até ficou mais perto do terceiro, em finalizações de Uilton, por duas vezes, e de Nuno Santos, numa segunda parte que valeu mais pelo espetáculo proporcionado pelos adeptos locais nas bancadas.