Os franceses Sébastien Ogier (Toyota Yaris), campeão em título, e Sébastien Loeb (Ford Puma), vencedor da prova de abertura da temporada, em Monte Carlo, juntam-se ao estónio Ott Tanäk (Hyundai i20), vencedor em 2019, como cabeças de cartaz de um pelotão com um recorde de 100 equipas inscritas, anunciou hoje a organização, a cargo do Automóvel Club de Portugal (ACP), durante a apresentação da prova.
Os dois pilotos gauleses são os mais titulados da história do campeonato, com 17 títulos entre os dois (nove para Loeb, entre 2004 e 2012, e oito para Ogier, de 2013 a 2018 e em 2020 e 2021).
A prova lusa foi a escolhida pelo promotor do campeonato para assinalar os 50 anos do campeonato do mundo de ralis, com a presença de alguns dos carros que marcaram o Mundial, como o Fiat 131 Abarth, o Alpine-Renault A110, o Lancia Rally 037, o Lancia Delta S4, o Lancia Delta Integrale, o Opel Ascona 400 ou o Audi Quattro, que vão estar em exposição permanente na Exponor (Matosinhos), com acesso gratuito.
Também vão estar nesta quarta prova do campeonato algumas das lendas dos ralis, como os finlandeses Marku Alén (recordista de vitórias em Portugal, com cinco triunfos) e Marcus Grönholm, o espanhol Carlos Sainz, o italiano Miki Biasion, o alemão Walter Rohl, o finlandês Ari Vatanen, entre outros.
O Rali de Portugal, quarta das 13 etapas do campeonato do mundo de ralis, vai ser novamente disputado no centro e norte do país, mas, pela primeira vez, pelos carros com os motores a gasolina de 1.6 litros utilizados desde 2011, complementados com motores elétricos, capazes de dar um impulso extra de 100 Kw (136 cavalos).
Depois do tradicional ‘shakedown’ em Baltar, no concelho de Paredes, marcado para dia 19 de maio, entre as 09:01 e as 14:00, os primeiros dos 343,3 quilómetros cronometrados, divididos por 22 classificativas, vão ser disputados em Coimbra, com a primeira das três superespeciais, a partir das 19:03 (as restantes serão em Lousada, no dia 20, e no Porto, no dia 21), naquela que será uma estreia na prova lusa, com o percurso de cerca de três quilómetros desenhado no perímetro urbano da cidade.
Após o arranque, segue-se o primeiro dia completo de prova, na sexta-feira dia 20 de maio, com os três emblemáticos troços no centro do país de Lousã, Góis, Arganil, todas percorridas duas vezes, e Mortágua, antes da superespecial de Lousada.
No dia seguinte, sábado 21 de maio, o Rali de Portugal ruma ao norte, com as duplas passagens pelas classificativas de Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante, esta última com partida de Mondim de Basto, terminando a jornada com a superespecial do Porto, a segunda da prova em percurso urbano.
“Será como em 2021, na Foz, desta vez com público, o que será muito bom para a cidade, disse Rui Moreira, presidente da Câmara portuense.
O último dia do rali luso contempla as ‘especiais’ de Felgueiras, Montim e Fafe, tendo a segunda passagem pelo troço fafense o estatuto de ‘power stage’, premiando os cinco primeiros com pontos adicionais.
A 55.ª edição do Rali de Portugal tem um percurso total de 1.535,35 quilómetros, dos quais 343,3 cronometrados, num total de 22 classificativas.
O presidente do ACP, Carlos Barbosa, destacou o “retorno fabuloso de 140 milhões de euros para o país, cerca de metade em despesa direta”.
O britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) venceu a edição de 2021 do Rali de Portugal, que tem como recordistas de triunfos o finlandês Markku Alén (1975, 1977, 1978, 1981 e 1987) e o francês France Sébastien Ogier (2010, 2011, 2013, 2014 e 2017).
Além de integrar a edição comemorativa dos 50 anos do WRC, WRC2 (Open, Junior e Masters) e WRC 3 (Open e Junior), o Rali, que volta a ter na Exponor, em Matosinhos, o parque de assistência, integra o calendário do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), numa competição para os pilotos lusos encurtada até sábado (PEC9), e Peugeot Rally Cup Ibérica e Toyota Gazoo Racing Iberian Cup.