Declarações de Nuno Pereira, treinador-adjunto do Boavista, após o jogo Moreirense-Boavista (1-2), da 31.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje em Moreira de Cónegos.
“Num cômputo geral, acho que o triunfo foi justo. Na primeira parte, fomos melhores do que o Moreirense. Na segunda parte, houve uma reação do Moreirense, principalmente na fase inicial. De certa forma, conseguimos controlar esse caudal ofensivo do adversário, que quase não teve oportunidades claras.
O objetivo [da permanência] ficou definitivamente alcançado. É um prémio para o grupo, estrutura, ‘staff’ e adeptos. A partir do momento em que assumimos esta equipa, foi um Boavista competitivo e que abordou todos os encontros de forma positiva e para ganhar.
É certo que houve muitos empates, mas também não perdemos e fomos estando mais próximos de ganhar. Tivemos resultados negativos nos últimos dois jogos, nos quais não estivemos bem, mas foi importante esta reação, que se traduziu num resultado positivo.
A equipa conseguiu a reação que o ‘mister’ [Petit] tinha pedido na antevisão e está de parabéns pela atitude. Fomos briosos na abordagem ao jogo e na forma como vencemos um jogo de emoções, já que o Moreirense queria uma vitória para continuar na sua luta.
Todos os agentes desportivos têm de saber lidar com as emoções do jogo. Por exemplo, o golo é a festa do futebol e não se pode penalizar um jogador que correu 70 ou 80 metros para ir festejar com os adeptos. Não percebemos o porquê da expulsão [de Petar Musa].
Vê-se demasiadas expulsões nos bancos. Há muita confusão, mas não entendo porquê. Há falta de gestão. Não sei se são os atletas e técnicos que têm a culpa ou se também quem lidera o jogo em si. É muito fácil expulsar. Às vezes, não há motivos para tal. Tem de haver mais sensibilidade de todas as partes e, essencialmente, de quem gere o jogo.”