O AJM/FC Porto sagrou-se hoje bicampeão nacional de voleibol feminino ao bater, em casa, o Leixões, por 3-1, no quinto e decisivo jogo da final, no Dragão Arena, no Porto.
As campeãs nacionais ganharam os dois primeiros jogos desta final, o Leixões recuperou e empatou e a decisão ficou para um quinto jogo, que caiu para o AJM/FC Porto depois de um confronto que durou quase duas horas e meia.
O primeiro ‘set’ deste quinto jogo foi uma ‘montanha russa’ de emoções, pois o AJM/FC Porto esteve a vencer por 11-1 e o Leixões arranjou forças e ânimo para reagir, encurtar a distância pontual para o adversário e conseguir levar a decisão para as vantagens.
As leixonenses empataram 24-24, saltaram depois para a frente do marcador por 24-25 e, a partir daí, assistiu-se um duelo intenso entre as duas equipas, que contagiou os adeptos.
A resultado evoluiu então de forma equilibrada (26-25, 26-27, 29-29, 30-31, 33-33), até que, por fim, o Leixões cometeu um deslize fatal na receção, devolvendo uma bola fácil para Ana Gamboa finalizar o parcial com um remate forte, que terminou com um 36-34 para o AJM/FC Porto após 41 minutos intensos.
O segundo ‘set’ foi menos disputado e voltou a ser favorável à equipa local, que até começou a perder (0-2). O equilíbrio manteve-se até aos 6-6 e, daí para frente, as ‘azuis e brancas’ aproveitaram uma quebra leixonense e o poder rematador de Ana Gamboa para conquistar, gradualmente, uma vantagem pontual decisiva.
O resultado chegou a 16-9, depois passou para 20-10 e o Leixões revelou-se então incapaz de acompanhar o ritmo e anular os ‘tiros’ que Ana Gamboa foi disparando e que muito contribuíram para o triunfo fácil da sua equipa neste parcial, por 25-14.
O AJM/FC Porto foi, assim, para terceiro parcial a vencer por 2-0 e já muito perto do título, mas o Leixões não se rendeu, mostrou que queria lutar pelo jogo e, com muita alma, conseguiu uma vantagem de 9-15 que foi decisiva para ganhar este terceiro parcial por 26-28 e reduzir para 1-2.
A equipa da casa saiu na frente deste quarto parcial graças a mais um remate de Ana Gamboa e a marcha do marcador foi-lhe sempre favorável até que o Leixões logrou empatar (11-11) e passar mesmo para a frente, sugerindo que ainda tinha uma palavra a dizer sobre a final.
Victoria Pinto, grávida de cinco meses, esteve longe da exibição que havia feito no quarto jogo desta final e isso retirou capacidade atacante ao Leixões em momentos decisivos, mas mesmo assim a indefinição manteve-se até aos 21-19.
Depois, o clube de Matosinhos afundou-se e o AJM/FC Porto obteve quatro pontos seguidos e venceu o ‘set’ (25-19), o jogo (3-1) e sagrou-se bicampeão nacional para gáudio dos seus adeptos e perante o olhar do presidente portista, Pinto da Costa.