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Crónica: Belenenses SAD sem arte nem ajuda divina desce com ‘nulo’ em Arouca

O Belenenses SAD foi hoje despromovido à II Liga, ao empatar 0-0 na visita ao Arouca, em encontro da 34.ª e última jornada do primeiro escalão, ‘caindo’ sem engenho próprio nem ajuda divina da concorrência direta.

Crónica: Belenenses SAD sem arte nem ajuda divina desce com ‘nulo’ em Arouca
Futebol 365

Numa tarde de clima tropical no Estádio Municipal de Arouca, os ‘azuis’ necessitavam de aliar resultados favoráveis em três estádios, mas nem sequer foram superiores ao seu adversário, ‘desligando’ mesmo com o desenrolar dos duelos de Tondela e Moreirense.

O Belenenses SAD terminou a edição 2021/22 da I Liga no 18.º e último lugar, com 26 pontos, dois abaixo do Tondela, 17.º e igualmente despromovido, e a três do Moreirense, 16.º, que ainda vai discutir a permanência com o terceiro colocado do segundo escalão.

Com 81 presenças na elite, que disputava ininterruptamente desde 2013/14, a SAD dos ‘azuis’ pela primeira vez desde a separação litigiosa em 2018/19 com o Belenenses, que foi campeão nacional em 1945/46 e atualmente compete no Campeonato de Portugal.

Quanto ao Arouca, que já tinha assegurado a permanência com a derrota do Belenenses SAD frente ao Famalicão (2-3), na ronda anterior, acabou no 15.º posto, com 31 pontos, igualando a sua segunda melhor classificação na prova, após duas promoções seguidas.

Partindo na situação mais fragilizada dos três clubes envolvidos na fuga à despromoção, os ‘azuis’ promoveram quatro alterações no ‘onze’ inicial, contando já com o regressado Yaya Sithole, na ausência dos influentes Carraça e Afonso Sousa, ambos castigados.

O Belenenses SAD entrou sobre ‘brasas’ e rareava em confiança para desenhar ataques, abrindo caminho a um par de iniciativas do Arouca, finalizadas com um ‘tiro’ ao lado de Antony, aos sete minutos, e uma defesa de Luiz Felipe perante Tiago Araújo, aos oito.

A missão do conjunto de Franclim Carvalho tornou-se ainda mais irreal ainda no primeiro quarto de hora, face aos dois golos madrugadores do Moreirense na receção ao Vizela, pese os tímidos esforços de Francisco Teixeira, aos 19 minutos, e Pedro Nuno, aos 27.

Já a equipa de Armando Evangelista, que mudou cinco unidades, incluindo o estreante ‘guardião’ Emilijus Zubas, jogava descontraído no último terço e viu um iminente golo de Antony, com Luiz Felipe já batido, negado em cima da linha por Danny, aos 28 minutos.

Um pontapé cruzado ao lado de André Silva, aos 29 minutos, e um golpe de cabeça de Thales travado com aperto por Luiz Felipe, que desviou a bola para o poste, aos 45+3, atestavam a postura inflexível dos anfitriões para com o desígnio do lanterna-vermelha.

O intervalo chegou com o terceiro golo do Moreirense e a primeira vantagem do Tondela sobre o Boavista, impelindo o Belenenses SAD para uma segunda etapa penosa, cujo arranque trouxe o inconformismo de Leandro Silva em dose dupla, aos 50 e 52 minutos.

Sem tanto critério em campo, o relógio correu a favor da equipa emocionalmente mais estável, mesmo que os ‘azuis’ tenham pisado ocasionalmente terrenos mais avançados com a entrada de Rafael Camacho, que atirou à figura de Zubas, aos 62 e 72 minutos.

O encontro voltou a ter animação junto das duas balizas no último quarto de hora, tendo Bruno Marques errado o alvo, aos 76, 89 e 90+3 minutos, e Alan Ruiz esbarrado em Luiz Felipe, aos 79, enquanto Luís Mota chegou tarde na emenda ao centro de Licá, aos 81.

À imagem da etapa inaugural, Danny impediu outro golo em cima da linha, desta feita a David Simão, também com Luiz Felipe fora do alcance, no ocaso do dia da sentença dos visitantes, que nunca triunfaram fora no campeonato e acabaram lavados em lágrimas.

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