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Taça de Portugal: Inácio vê FC Porto com tudo para lograr ‘dobradinha’

O FC Porto “tem tudo” para conquistar domingo a final da Taça de Portugal frente ao Tondela e lograr a sua nona ‘dobradinha’, reconhece o ex-futebolista e treinador Augusto Inácio, prevendo que o “estado de espírito conte muito”.

Taça de Portugal: Inácio vê FC Porto com tudo para lograr ‘dobradinha’
Futebol 365

“O FC Porto é o grande favorito. Joga bem, é campeão nacional, tem uma grande equipa, e um grande treinador, e está a passar por uma fase muito boa. Realmente, tem tudo na mão para vencer. O Tondela também quer isso, até porque está nesta final pela primeira vez. Há sempre aquela ansiedade e o sonho de levantar o troféu, pelo que vai fazer tudo por tudo para ser feliz”, projetou à agência Lusa o ex-defesa dos ‘dragões’ (1982-1989).

O campeão nacional FC Porto, com 17 troféus, e o estreante Tondela lutam no domingo, a partir das 17:15, pela conquista da final da 82.ª edição da prova ‘rainha’, que volta ao Estádio Nacional, em Oeiras, após ter sido realizada nas últimas duas temporadas à porte fechada em Coimbra.

“O estado de espírito também conta muito. A desilusão foi muito grande em Tondela pela recente despromoção à II Liga, e isso tem o seu peso numa final destas. Seja como for, o Tondela nada tem a perder e já fez uma grande Taça de Portugal. Claro que o vencedor fica para a história, mas seria a surpresa do ano se o FC Porto não ganhasse”, apontou.

Augusto Inácio vislumbra como “grande figura” da época dos ‘dragões’ o treinador Sérgio Conceição, que superou “um momento muito conturbado na vida do clube” através “dos resultados, da sua maneira de ser e através da comunicação que foi fazendo para fora”.

“Perguntaram-me há uns tempos qual foi o melhor jogador do FC Porto neste campeonato e respondi Sérgio Conceição. Conseguiu com que o FC Porto fosse sempre uma equipa muito competitiva. Esperava-se que pudesse ter uma quebra com a saída em janeiro do Luis Díaz, que resolvia muitos jogos e era o melhor jogador do clube. A verdade é que o treinador encontrou dentro do plantel soluções para suprir essa grande baixa”, lembrou.

O vencedor de duas edições da Taça de Portugal pelo FC Porto crê que essa consistência “só está ao alcance dos que trabalham bem há vários anos”, vendo uma “relação especial” entre o presidente do clube, Pinto da Costa, e Sérgio Conceição, cujo “grande objetivo é desportivo e não financeiro”.

“O treinador não está à espera que caia alguma coisa do céu. As coisas acontecem com naturalidade. Se aparecer um clube de ‘top’, que lhe dê garantias para lutar pela Liga dos Campeões, acredito que o Sérgio Conceição possa sair, mesmo que goste muito do FC Porto. Se forem clubes que não têm essas ambições, mesmo que paguem a cláusula de 10 milhões de euros e ofereçam o dobro ou o triplo do salário, acho que não sai”, atirou.

Sérgio Conceição, de 47 anos, pode tornar-se o único treinador da história do FC Porto a repetir a ‘dobradinha’, numa final que deve marcar o fim de quatro temporadas de ligação do congolês Chancel Mbemba, que está em fim de contrato e foi “um esteio na defesa”. Há dois anos, ‘bisou’ na final com o Benfica (2-1).

“Quando não estava o Pepe, ele estava sempre. Fez uma época muito regular e esteve em crescendo desde que veio. No início, era um central muito permissivo, com falta de antecipação e alguma dificuldade no tempo de salto. Agora, é estranho e deixa-me algo apreensivo o Mbemba não ter tido convite para renovar, como a imprensa diz. Não sei se foi bem assim. Acho que houve proposta há uns tempos, mas ele não aceitou”, admitiu.

No Jamor, deve alinhar também o guarda-redes argentino Agustín Marchesín, totalista no percurso dos ‘dragões’ na Taça de Portugal, apesar de ter perdido a titularidade na I Liga para Diogo Costa, que “deu grandes garantias e revelou ótima personalidade na baliza”.

“O Sérgio Conceição foi dando oportunidades ao Diogo Costa e o Marchesín, como era o ‘craque’ da baliza, começou a ficar incomodado, porque estava um miúdo a roubar o seu lugar. Isso tem a ver com oportunidades. Como quer jogar, porque só assim é que talvez possa ir ao Mundial2022, faz bem em querer sair do FC Porto. Não pode é queixar-se de que o treinador o prejudicou. O treinador está ali para colocar os melhores”, considerou.

No extremo oposto do campo, Augusto Inácio, de 67 anos, julga que a “profunda tristeza” gerada pela descida do Tondela à II Liga, sete anos depois, “está na cabeça de todos os que trabalham naquela casa”, mesmo perante a “oportunidade de escreverem história”.

“O Tondela pode agarrar-se à possibilidade de estar na montra e atingir um feito nunca alcançado na vida do clube. Por isso, é com um misto de expectativa e tristeza que encara este jogo. Os jogadores vão fazer tudo, não digo para minorarem uma descida, mas, pelo menos, para ganhar. Seria importante para o ego daquelas gentes”, afiançou.

Lembrando que os beirões “estiveram várias vezes para descer” nos últimos anos, com “fases complicadas e alguns milagres” pelo caminho, o antigo internacional português diz não entender como é que o clube “não aprendeu com o tempo” a encontrar soluções capazes de “dar um salto e poder respirar melhor” nas sucessivas campanhas na I Liga.

“O Tondela tinha boa equipa para se manter, mas, quando se está nos últimos lugares, costuma-se dizer que é bastante difícil sair do fundo do poço. O Tondela nunca esteve numa posição desafogada e andou todas as jornadas com a corda na garganta, havendo um desgaste psicológico e físico muito grande. Alguma coisa falhou no caminho, sendo que, quando se desce, não se ganha desportivamente nem se valoriza atletas”, concluiu.

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