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Vítor Campelos: «Sempre disse que esta equipa era forte se estivéssemos todos juntos»

Declarações de Vítor Campelos, treinador do Desportivo de Chaves, após a vitória frente ao Moreirense (1-0), em jogo da segunda mão do ‘play-off’ de manutenção na I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Moreira de Cónegos.

Vítor Campelos: «Sempre disse que esta equipa era forte se estivéssemos todos juntos»
Futebol 365

“Sempre disse que esta equipa era forte se estivéssemos todos juntos. Só quem lidou connosco soube os contratempos que tivemos. Foi uma altura bastante complicada, com muitos jogadores a terem covid-19 e alguns a terem de jogar e de treinar. Depois disso, começámos a trabalhar com todos.

Uma palavra para várias pessoas que trabalham na sombra, como o diretor desportivo Paulo Cabral, que teve um papel fundamental numa altura complicada. Quando não se ganha, algumas vezes desconfia-se de tudo, mas conseguiu manter-nos unidos. Uma palavra também para a nossa administração. Quando as coisas não estão a correr tão bem, o mais fácil é mudar, mas sempre acreditaram em nós e as coisas aconteceram.

Acreditámos sempre, apesar de, em algumas fases, termos estado a 14/15 pontos do Casa Pia e do Rio Ave. Só uma equipa com uma mentalidade muito forte e a acreditar muito nos colegas é que conseguiu chegar à última jornada a poder disputar a subida direta. Nem falo em desgaste físico, mas foram meses de grande desgaste emocional.

Fizemos uma segunda volta fantástica. Talvez claudicámos no último jogo frente ao Rio Ave [derrota por 0-3], mas, como em tudo na vida, estamos sempre a aprender para melhorar. Acredito em Deus e que o universo conspira a favor de quem trabalha bem, é sério e honesto. Teríamos de trazer lições desse jogo com o Rio Ave para este ‘play-off’.

Sabíamos que íamos defrontar um adversário valoroso. O Moreirense tem um plantel de qualidade, pelo que tínhamos de ser uma equipa muito concentrada e focada, já que o Moreirense tem um estilo de jogo direto. Tivemos de ajustar coisas ao intervalo, mas, na segunda parte, controlámos o jogo e podíamos ter marcado. O Moreirense teve maior domínio durante o jogo, mas o Desportivo de Chaves foi somando mais oportunidades.

Estou muito feliz pelos jogadores, estrutura e adeptos. Estou contente pela subida, mas também triste por isto ter acontecido ao Moreirense. É um clube do qual gosto e estou grato. Abriu-me as portas da I Liga e tem algumas das melhores pessoas que conheci.

Quero festejar muito com os atletas e com as pessoas em Chaves. Amanhã [segunda-feira], temos um almoço de fim de época. Depois, vou fechar-me em casa três ou quatro dias e desligar o telefone. Estou muito desgastado, não física, mas emocionalmente.

Sinto-me preparado para tudo. Já tive oportunidade de trabalhar na I Liga. Infelizmente, o percurso não teve continuidade e saí quando estava a dois pontos da Liga Europa. Já treino há 23 anos, comecei no distrital, em campos de terra, e já passei pela ‘Champions’ da Ásia. Decidi regressar cá e escrevemos uma página bonita na história do Chaves.

O Desportivo de Chaves é mais conotado com os flavienses, mas as pessoas de Chaves estão espalhadas pelo país e por todo o mundo. Regresso à I Liga? Vai ter impacto na cidade e no clube e trará muitas pessoas a Chaves. É bom para o comércio e para tudo. Com toda a certeza, Chaves e a região de Trás-os-Montes merecem estar na I Liga”.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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