A quarta edição da Gold Gala Fernanda Ribeiro, que decorre no sábado, na Maia, procurará servir de palco para a obtenção de mínimos de acesso aos Mundiais e Europeus de atletismo, frisa a campeã olímpica em Atlanta1996.
“O objetivo principal este ano é ver muitos ou alguns atletas a fazerem mínimos para os campeonatos da Europa e do mundo. Foi por isso que mudei dos 5.000 para os 10.000 metros. Espero que consigam fazer marcas para estarem nas provas mais importantes”, observou à agência Lusa a vencedora do terceiro de cinco ouros olímpicos de Portugal.
Sete especialidades diferentes (100, 1.500 e 5.000 metros, 3.000 obstáculos, lançamento do peso e salto em altura e em comprimento), entre masculinos e femininos, vão reunir alguns dos melhores atletas lusos no Estádio Professor Doutor José Vieira de Carvalho.
A presença de representantes internacionais, oriundos de outros 13 países, eleva para “150 a 200” os participantes aguardados no ‘meeting’, que tem início agendado para as 20:30 e volta a contar com organização da academia Fernanda Ribeiro, situada na Maia.
“Comecei a realizar esta Gold Gala por ter conquistado a medalha de ouro nos 10.000 metros em Atlanta1996, mas achei que também devia apostar um bocadinho nos 5.000, distância na qual bati o recorde do mundo em 1995. Até ia fazer 5.000 este ano, mas, a pedido de vários atletas que precisam de mínimos, passei para os 10.000”, contou a ex-atleta, detentora de cinco participações olímpicas e 12 medalhas em grandes eventos.
Salomé Rocha, Sara Catarina Ribeiro e Jéssica Augusto, no setor feminino, além de Rui Pinto, em masculinos, são as principais figuras convidadas para a Gold Gala Fernanda Ribeiro, que voltará a ter público nas bancadas, um ano depois de ter assinalado o 25.º aniversário da proeza em Atlanta1996 à porta fechada, devido à pandemia de covid-19.
“Acho que isso é importante. Normalmente, já não temos muito público a ver atletismo. Com a covid-19, muito menos tivemos no ano passado. Este ano, pelo menos, já vamos ter a pista aberta e convido toda a gente que queira vir ao ‘meeting’, que vai ter provas interessantes. O público é importante até para os atletas fazerem melhores marcas”, enfatizou a terceira classificada nos 10.000 metros dos Jogos Olímpicos Sydney2000.
A mais longa distância do atletismo disputada em pista apresenta 27.28 minutos, nos homens, e 31.25, nas mulheres, como marcas mínimas de acesso aos campeonatos do mundo ao ar livre, aprazados para Eugene, nos Estados Unidos, de 15 a 24 de julho.
Já quanto aos Europeus de Munique, na Alemanha, entre 15 e 21 de agosto, vão contar tempos até 28.15 minutos no setor masculino dos 10.000 metros e 32.20 no feminino.