O atleta, detentor de 228 medalhas em competições internacionais, sucede no palmarés ao também português Sandro Baessa, distinguido em 2019, com o prémio atribuído pela VIRTUS (antiga INAS).
“Estou muito honrado e orgulhoso por receber este prémio, são 32 anos dedicados ao atletismo com muita dedicação, empenho e amor à camisola que visto, a camisola de Portugal”, disse Lenine Cunha, em declarações à agência Lusa.
O atleta, que alcançou o bronze no salto em comprimento nos Jogos Londres2012 e em 2020 e 2021 conseguiu 21 medalhas internacionais, partilhou o prémio conseguido hoje com “família, amigos, clubes e patrocinadores”, mas fez dedicatórias especiais.
“Queria dedicar este prémio ao meu antigo treinador, José Costa Pereira, pois estivemos juntos durante 22 anos, foi como um segundo pai para mim, e foi o grande responsável pelo atleta que sou hoje. Quero também dedicar ao clube que agora represento, o Clube de Futebol Oliveira do Douro, aos meus colegas de treino e à minha treinadora, Ana Carneiro, por me motivarem e ajudarem neste momento da minha carreira”, disse.
Aos 39 anos, Lenine Cunha, que esteve nomeado para o prémio em 2015, mas perdeu para o nadador Wai Lok Tang, de Hong Kong, garante estar empenhado em “voltar a honrar Portugal, nas próximas competições internacionais”.
Lenine Cunha, que gosta de ser tratado por Lenny, começou a praticar atletismo aos sete anos, três anos depois de ter sofrido uma meningite, que lhe provocou perda da fala, de parte da visão e da memória e teve consequências a nível intelectual.
Depois de ter passado pelo desporto regular, ingressou no desporto adaptado aos 16 anos, no qual detém vários recordes mundiais.