Declarações de Fernando Santos, selecionador de Portugal, à ‘flash interview’ da RTP após a derrota frente à Suíça (0-1), em partida da quarta jornada do Grupo A2 da Liga das Nações, disputado em Genebra, na Suíça.
“Tivemos alguns períodos não tão bons na primeira parte. Não podemos sofrer um golo aos 30 segundos numa saída nossa. É uma coisa que a equipa trabalha, sabe fazer bem e tem feito de forma excelente nos últimos jogos. Demos à Suíça a chance de ganhar uma bola no nosso primeiro terço, contra-atacar e fazer um golo. É um erro nosso. A partir daí, não foi um jogo muito bem jogado.
As duas equipas equilibraram-se. Portugal não teve aquilo que tem feito bem, que é a agressividade e objetividade ofensivas. Controlou o jogo, foi tendo posse e até começou a sair melhor, mas com um ou outro erro na posse, que poderiam ter causado problemas.
Na realidade, faltou alguma profundidade ofensiva, o que tem sido habitual em nós. Na primeira parte, estivemos muito individuais na esquerda. O Rafael Leão tentou e tinha muita vontade de fazer bem. Não é uma crítica em relação à sua entrega e qualidades, mas esteve sempre muito aberto e isso facilita muito uma equipa fechada como a Suíça.
Faltou essa circulação e, depois, meter [a bola] no momento sítio. Sempre que fizemos isso, criámos oportunidades de golo. Ao intervalo, disse-lhes que tínhamos de jogar de forma diferente, pegar na bola, empurrá-los para trás e voltar a empurrá-los para trás.
Entrámos muito bem na segunda parte, com o senão de querermos colocar a bola muito rapidamente no Gonçalo Guedes nos primeiros minutos. Pedi aos jogadores para terem mais calma, porque as oportunidades iriam surgir. Surgiram muitas, mas não marcámos.
[análise à arbitragem?] Não vou criticar, mas quando se marca um penálti que não existe e quando há uma falta no meio-campo que toda a gente viu, não se pode marcar uma grande penalidade assim sem mais nem menos. Depois, basta olhar para o número de faltas e para o tempo perdido. O quarto árbitro sabe bem o que aconteceu no jogo.
[troca de liderança com a Espanha preocupa?] Não me preocupa, mas prefiro estar em primeiro. Não estou chateado, mas queríamos continuar na liderança do grupo. Disse também antes deste encontro que o duelo decisivo ia ser sempre contra a Espanha.
Pensávamos chegar ao jogo com a Espanha em vantagem. Agora, a probabilidade é de chegarmos a esse jogo e estarmos em desvantagem, mas só dependemos de nós.
[próximas partidas serão barómetro da convocatória para o Mundial2022?] Já está tudo mais ou menos na minha cabeça. Não tenho as decisões tomadas, porque não sabemos aquilo que vai acontecer. Quando vier setembro, vamos focar tudo na Liga das Nações”.