A comissão disciplinar da Liga de Clubes decidiu hoje arquivar o processo de inquérito instaurado após declarações do presidente do FC Porto, que sugeriu uma investigação “ao que se está a passar nos campos do futebol português”.
As declarações foram feitas durante uma cerimónia na Casa do FC Porto, em Espinho, a 11 de janeiro, onde Pinto da Costa pediu uma investigação e sugeriu o nome ''apito encarnado'', estabelecendo um paralelismo com o processo Apito Dourado.
''(...) São esses senhores para quem temos que pedir - não sei a quem, se ao secretário de Estado - que faça realmente um apito encarnado, um apito da cor que quiser, mas que vá apurar o que se está a passar nos campos do futebol português'', disse Pinto da Costa
No entendimento da comissão disciplinar, estas declarações ''indiciavam o conhecimento de factos disciplinarmente relevantes'', razão pela qual decidiu a 12 de janeiro ''instaurar processo de inquérito destinado a averiguar tais factos''.
Neste contexto, Pinto da Costa foi convocado para ser ouvido pela comissão disciplinar no sentido de esclarecer os contornos e o alcance da sua afirmação, mas, segundo o acórdão, o presidente portista nada disse, pelo que o órgão presidido por Ricardo Costa arquivou o processo.
''Considerando que, apesar de chamado a prestar depoimento, o dirigente [Pinto da Costa] não prestou quaisquer declarações e que, por isso, não concretizou as afirmações publicamente proferidas, não puderam ser realizadas quaisquer outras diligências probatórias, por manifesta falta de indícios'', pode ler-se no acórdão da comissão disciplinar como justificação para o arquivamento.