Um golo de Guarin, no último minuto dos descontos, permitiu hoje ao FC Porto conquistar um ponto na receção ao Olhanense e evitar um resultado que ganhava contornos de escândalo ma 22.ª jornada da Liga de futebol.
Djalmir, aos 13 e 16 minutos, colocou o Olhanense a vencer o FC Porto, por 2-0, materializando no Estádio do Dragão uma traição do filho pródigo Jorge Costa no regresso a casa.
Além do ex-capitão portista Jorge Costa, atual técnico do Olhanense, a formação algarvia apresentou no Dragão uma equipa onde pontificam jogadores com vínculo ao FC Porto, como Ventura, Tengarrinha, Castro, Ukra e Rabiola.
O FC Porto, em poupança dada a proximidade do jogo com os ingleses do Arsenal para a Liga dos Campeões, subiu ao relvado do Dragão sem Fucile, Rolando e Raul Meireles, substituídos por Miguel Lopes, Maicon e Belluschi.
A equipa dos “dragões”, sem chama, atabalhoada e a trocar a bola num deserto de ideias, dispôs do poucas ocasiões para importunar o guarda-redes Ventura e foi presa fácil do eficaz conjunto algarvio.
Falcao, aos sete minutos, rematou por cima da barra e deu a entender que o FC Porto pretendia redimir-se da derrota sofrida com o Sporting, em Alvalade (3-0), e Maicon, aos oito, obrigou Ventura a uma defesa a dois tempos.
O Olhanense chegou à vantagem com um golo de Djalmir, à passagem do 13.º minuto, na sequência de uma jogada rápida de envolvimento, que contou com um cruzamento de João Gonçalves e um último passe de Ukra.
Ainda ecoavam os assobios no Dragão, quando o Olhanense elevou a vantagem para dois golos, novamente por Djalmir, aos 16 minutos, no aproveitamento de uma bola lançada por Paulo Sérgio para as costas de Maicon.
O segundo golo do Olhanense foi recebido com um monumental coro de assobios e por momentos pouco pacíficos no sector da claque do Colectivo, onde desacatos levaram à intervenção das forças de segurança.
Ruben Micael, aos 28 e 40 minutos, com um remate ao lado do poste esquerdo e um outro defendido em dificuldade por Ventura, foi dos “dragões” mais inconformados e dos que mais tentou remar contra a maré algarvia.
Ainda antes do intervalo, o treinador Jesualdo Ferreira fez entrar Varela por troca com Tomás Costa e mexeu nas peças no terreno, mas o futebol praticado continuou morno, sem velocidade e inconsequente.
Valeri rendeu Miguel Lopes, aos 65 minutos, e apenas dois minutos volvidos, numa jogada confusa na área do Olhanense, Falcao desviou para a base do poste esquerdo, sem que nenhum colega conseguisse a recarga com sucesso.
O FC Porto voltou a ver uma bola devolvida pelo ferro da baliza do Olhanense aos 74 minutos, por Belluschi, na sequência de um pontapé de canto, que, de certo modo, anunciou o golo que se adivinhava.
Falcão, aos 81 minutos, dando sequência à pressão exercida pelos portistas, chegou finalmente ao golo e reduziu a desvantagem para 2-1, relançando o jogo para os minutos finais.
Já em cima do apito final, numa última tentativa quando já passavam quase quatro minutos depois dos 90, Guarin empurrou a bola para o fundo da baliza de Ventura e fez empate, anulando uma desvantagem que durava desde a fase inicial.