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As apostas on-line, agora que as novas tecnologias foram rejeitadas pelo International Board, serão um dos temas mais quentes da próxima Assembleia Geral da Associação Europeia das Ligas Profissionais (APFL), quinta feira, em Nyon (Suíça).
Será também em Nyon, mas na quarta feira, que a EPFL inaugurará a nova sede, bem próximo da UEFA, mas no dia seguinte, o organismo europeu oferecerá as instalações para a reunião magna do ''clube das ligas europeias, que tem como diretor geral executivo o português Emanuel Medeiros.
A EPFL sempre se manifestou a favor do recurso às novas tecnologias como meios auxiliares ao desempenho dos árbitros, mas a votação do International Board, que se reuniu em Zurique no passado fim de semana, deverá esvaziar o debate previsto na reunião magna.
Entre os vários pontos em agenda, as apostas on-line poderão dominar a discussão, até porque a EPFL continua a defender que as receitas deste negócio devem também canalizar-se para os clubes, o que continua a não suceder.
Sobre o exemplo português, Emanuel Medeiros lembra à Agência Lusa que ''dois terços do volume de apostas são on-line, estimando-se que rendam 25 milhões de euros por ano''.
''Dentro de cinco anos, estima-se que o volume de negócios suba para 150 milhões. Neste momento, nem o Estado, nem os clubes, recebem o que quer que seja. O dinheiro vai para outros países'', lamentou o responsável da EPFL.
Ainda sobre as apostas, Emanuel Medeiros fala sobre as verbas que são canalizadas por intermédio da Santa Casa da Misericórdia: ''Neste âmbito, os clubes recebem das apostas desportivas 180 euros por semana''.
O diretor geral executivo diz também que a EPFL ''continua a trabalhar junto da União Europeia com o objetivo de uniformizar os regulamentos relativamente às apostas on-line.
O ''fair-play'' financeiro, um projeto que a UEFA pretende implementar em pleno a partir de 2013 e que obrigará os clubes a uma disciplina rígida nas despesas, será outro dos temas em debate, cerca de uma semana depois da UEFA publicar um extenso relatório que faz uma exaustiva radiografia de mais de 700 clubes em toda a Europa.
A EPFL vai também debruçar-se sobre a resolução que visa reduzir os plantéis ao máximo de 25 jogadores, embora essa limitação não incida sobre jogadores sub-21, ''para continuar a valorizar a formação de jovens''.
Na sequência das novas resoluções da FIFA sobre os empresários, ''área em que a EPFL tem liderado um conjunto de reformas'', a associação continuará a debater soluções que permitam ''maior transparência'' no exercício desta actividade.
Hoje, a inauguração da nova sede da EPFL, ''um espaço moderno, funcional e amplo'', como explica Emanuel Medeiros, será abrilhantada com uma série de iniciativas, a primeira um jogo amigável entre a associação das ligas e a UEFA, no Estádio Colovray, em Nyon.
O pontapé de saída ficará a cargo dos presidentes da UEFA, Michel Platini, e da EPFL, David Richard, também ''chairman'' da liga inglesa).
O programa de iniciativas encerra com um jantar no Hotel Beau-Rivage, também em Nyon, onde estarão presentes representantes das 30 ligas europeias associadas, entre eles Orlando Carvalho, director da Comissão Executiva da liga portuguesa, e também Michel Platini.
