O FC Porto falhou hoje o acesso aos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol, após ser goleado, por 5-0, frente ao Arsenal, em Londres, de nada valendo a vantagem (2-1) trazida do Dragão.
O dinamarquês Nicklas Bendtner (10 m, 25 e 91, de penalti), o francês Nasri (63) e o marfinense Eboué (66) materializaram a humilhação, dias depois dos portistas passarem a encarar a conquista da Liga portuguesa como uma quase miragem.
Fucile, em noite para esquecer, esteve em quatro dos golos de um Arsenal que foi superior em todos os capítulos do jogo: até quando o FC Porto, já a perder 2-0, finalmente ameaçava chegar ao golo, a qualidade individual dos ''gunners'' resolveu a questão de forma contundente.
Numa equipa que sentiu imensas dificuldades para articular o seu futebol, o guarda-redes Helton, com muito trabalho, foi mesmo o melhor entre os portistas e evitou um pesadelo ainda maior.
Mesmo desfalcado de alguns futebolistas importantes - com destaque para o médio espanhol Cesc Fábregas - o Arsenal impôs-se com uma velocidade de jogo e qualidade de passe invejáveis, difíceis de travar pelos baralhados defesas azuis e brancos.
Jesualdo Ferreira surpreendeu com o central Nuno André Coelho (que ainda não se estreou na Liga portuguesa) a “trinco”, tentando conferir maior poder defensivo no ar e na zona central, mas, mas a opção revelou-se falhada e foi precisamente por aí que o Arsenal inaugurou o marcador.
Nasri (10 m) lançou Arshavin, a dupla Fucile-Helton chocou na tentativa de corte no chão e a bola sobrou para Bendtner, que só teve de empurrar para a baliza deserta (1-0).
Meio perdido, o FC Porto não conseguia transições ofensivas rápidas, mas foi reagindo e chegava com a bola controlada perto da área adversária. No entanto, aí revelou-se completamente incapaz de criar perigo.
Aos 25, Arshavin agradeceu o erro grosseiro de Fucile (passe sem nexo), desenvencilhou-se de quatro adversários, entrou na área e cruzou para Bendtner, que estava sozinho à espera que Helton não chegasse ao corte, fazendo um golo ainda mais fácil do que o primeiro (2-0).
Com uma equipa irreconhecível a protegê-lo, Helton foi mantendo viva a esperança do apuramento até ao intervalo.
Com Rodriguez em campo (saiu Nuno André Coelho e Raul Meireles recuou para “trinco”) os azuis e brancos regressaram ao jogo com outra capacidade e determinação, e começaram a criar perigo do lado esquerdo, destacando-se uma finalização de Falcao (54), que só pecou por sair à figura de Almunia.
Aos 61, na sequência de canto, Nasri, em cima da linha, negou o golo a Rodriguez.
O francês foi decisivo, pois, dois minutos depois, ''sentou'' Álvaro Pereira, Raul Meireles e Rodriguez e fez o terceiro golo, num momento de inspiração que vergou definitivamente o FC Porto que, aos 66, viu Eboué marcar em contra-ataque, com o resultado a ganhar contornos de goleada (4-0).
Já nos descontos, Bendtner, de grande penalidade, cometida por Fucile, fez o 5-0.