O Benfica venceu o Dínamo Kiev por 2-0, na primeira mão do ‘play-off’ de acesso à Liga dos Campeões, num jogo em que marcou cedo e controlou do início ao fim, sem dar hipóteses ao adversário.
Os ‘encarnados’ tiveram uma entrada forte no jogo e cedo forçaram o Dínamo a defender com um bloco baixo, sob pressão, com dois pontapés de canto nos primeiros cinco minutos, a preceder o golo que abriu o marcador, de autoria do lateral direito Gilberto.
O segundo golo, aos 37 minutos, resultou da pressão alta que o Benfica exercia na saída de bola dos ucranianos, na sequência de um passe para trás de Tsyngakov, intercetado por David Neres, com a bola a sobrar para a finalização fácil de Gonçalo Ramos.
O Benfica, salvo raras exceções, nunca deu hipóteses ao Dínamo, que trazia claramente uma estratégia de ‘ferir’ a equipa ‘encarnada’ nas transições ofensivas, explorarando o facto de este Benfica de Roger Schmidt meter muitos jogadores no processo ofensivo.
Para que isso não tivesse acontecido foi fundamental, por um lado, o posicionamento dos dois equilibradores da equipa, Enzo Fernández e Florentino, a ‘matarem à nascença’ as saídas do Dínamo, e por outro, a capacidade que o Benfica demonstrou para gerir a posse da bola e ser contundente no último terço.
A excelente circulação de bola dos ‘encarnados’, graças à qualidade técnica dos seus jogadores do meio-campo e do ataque e à gestão dos tempos de jogo, não deram veleidades ao Dínamo de fazer do contra-ataque uma 'arma', ao mesmo tempo que criaram inúmeras dificuldades à defesa ucraniana com as rápidas trocas de bola junto à sua área ou através da facilidade com que flanqueava o jogo e conseguia cruzar para as costas dos defesas adversários.
Na primeira parte, o Dínamo criou dois lances de perigo em jogadas típicas de contra-ataque, a primeira logo aos oito minutos, com Vlachodimos a executar uma boa defesa, mas o lance fora precedido de fora de jogo, e aos 34, numa variação de flanco que apanhou a defesa encarnada desequilibrada, com Tsygankov a rematar a rasar o poste.
Na segunda parte, quando se esperava uma reação do Dínamo, que fosse mais ousado, que pegasse mais no jogo e empurrasse o Benfica para trás, a verdade é que a equipa portuguesa manteve o controlo do jogo, embora menos intensa e a correr menos riscos no último terço do adversário, mas sempre equilibrada e mais perigosa nas ações ofensivas do que o Dínamo.
Com as três substituições operadas por Schmidt, com as entradas de Yaremchuk, Henrique Araújo, aos 63 minutos, e Alexander Bah, aos 69, a equipa perdeu alguma coesão e fluidez no seu jogo, embora a manutenção de Enzo Fernández e Florentino em campo tenha permitido à equipa manter-se equilibrada, com exceção dos últimos minutos, quando o Dínamo conseguiu criar duas situações de perigo resolvidas por Vlachodimos e Otamendi.
O Benfica recebe o Dínamo Kiev na próxima terça-feira, no Estádio da Luz, na segunda mão do ‘play-off’ de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.