Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, após a derrota frente ao FC Porto (0-3), da terceira jornada da Primeira Liga, disputado no sábado, no Estádio do Dragão, no Porto.
“Fizemos o nosso jogo, assim como o FC Porto fez o seu. Acabou por fazer três golos, enquanto nós não marcámos nas oportunidades que tivemos. Sofremos um golo antes do intervalo é sempre difícil de gerir, mas a nossa melhor fase foi quando voltámos do intervalo e tivemos o domínio do jogo. Contudo, não marcámos os golos que devíamos ter marcado e o FC Porto mostrou-se muito maduro.
Obviamente, sofrer três golos em dois jogos preocupa qualquer treinador. Iremos fazer a nossa análise friamente. O FC Porto não criou muitas oportunidades, mas aproveitou todas as que teve. Temos coisas para melhorar, mas houve coisas muito boas. Já tive jogos no Dragão em que jogámos muito pior. Tivemos bolas na cara do Diogo Costa em que não conseguimos marcar, mas há que pensar no próximo jogo. 3-0 são sempre 3-0.
Há fases assim, em que tudo corre mal. Já disse que tudo muda de repente no futebol. Façam a vossa análise e vejam quem teve mais oportunidades. Não marcámos, mas temos sempre soluções e este plantel e estou muito satisfeito com os meus jogadores.
São formas diferentes de jogar. Arriscámos mais na construção e acho que estivemos bem, ao empurrar o FC Porto muitas vezes para o seu meio-campo e ligar o jogo. Em relação aos cartões amarelos, façam a vossa análise. O do Morita nem falta é. Isso teve algum efeito no rendimento dos médios. Por exemplo, o Ugarte não consegue fazer falta no 3-0 e teve cuidado para não fazer falta noutras saídas do FC Porto na segunda parte.
Gostei muito do Morita. Essa parte [saída de Matheus Nunes] já faz parte do passado. A responsabilidade das derrotas é só do treinador. Depois, entrou ali o Pedro Gonçalves, mas teve qualquer influência no resultado, até porque o rendimento foi bom em muitos momentos do jogo. Faltou-nos ‘matar’ uma vez o FC Porto para se sentir desconfortável.
Preocupado? Nada. Estava mais feliz se tivesse mais pontos, mas olho para a equipa e ela cresce, mesmo com mudanças. Sabemos qual é a distância pontual, mas não vale a pena pensar nisso. No ano passado entrámos numa ansiedade com apenas três pontos de atraso após a derrota com o Santa Clara. Isto faz parte da nossa carreira. O foco tem de ser ganhar ao Desportivo de Chaves e, se isso acontecer, garanto que ficamos bem.
Isto é futebol. Temos de saber lidar e retirar aspetos positivos e negativos. Sabemos do impacto que tem uma derrota com o rival por 3-0. Os ‘timings’ das jogadas, o Porro meter a mão na bola quando estávamos por cima do jogo, aquele 2-1 que o Fatawu falha em frente à baliza… O que se passou hoje não teve nada a ver com as nossas soluções”.