O Casa Pia conquistou hoje o primeiro triunfo na Primeira Liga e impôs o primeiro desaire ao Boavista, por 2-0, na terceira jornada, com dois tentos apontados em cinco minutos a decidirem o encontro.
Rafael Martins, aos 62 minutos, e Godwin, aos 67, sentenciaram o triunfo do emblema lisboeta, que soma agora quatro pontos e ascendeu provisoriamente ao 11.º lugar da classificação, enquanto o Boavista é quarto, com seis, tendo falhado a subida ao topo, em igualdade com o FC Porto, que tem nove.
Se, por um lado, o Casa Pia manteve o ‘onze’ do desaire por 1-0 frente ao Benfica, os ‘axadrezados’, que já desbloquearam as inscrições dos reforços, apostaram nas ‘caras novas’ Sasso, Salvador Agra e Bozeník, nos lugares de Hamache, Luís Santos e Yusupha.
A formação lisboeta mostrou-se mais confortável com a posse da bola e na procura de espaços e, aos 11 minutos, Lucas Soares teve nos pés a primeira ocasião perigosa, para defesa de Bracali, após uma boa jogada coletiva da 'turma' orientada por Filipe Martins.
O Boavista, por seu turno, procurava transições rápidas por forma a subir no terreno, mas o melhor que conseguiu foi um remate frontal de Kenji Gorré, aos 32, à figura do guarda-redes Ricardo Batista, numa fase do jogo pouco intensa e com várias paragens.
Não obstante, os ‘gansos’ mostravam-se mais atrevidos na zona ofensiva e, pelo flanco esquerdo, aos 36, uma combinação entre Godwin e Kunimoto levou perigo à baliza de Bracali, mas o japonês, a surgir ao primeiro poste, desviou em direção à malha lateral.
No reatamento, os boavisteiros apareceram renovados e, aos 48, dispuseram de uma oportunidade flagrante para inaugurar o marcador, mas o remate de primeira de Kenji Gorré, na marca do penálti, passou rente ao poste direito da baliza de Ricardo Batista.
Um contra-ataque veloz do Boavista, com o curaçauense de novo como protagonista, a conduzir a jogada, voltou a ameaçar o tento, mas Bozeník atirou ligeiramente ao lado, aos 55 minutos, a anteceder o golo inaugural da partida, curiosamente na outra baliza.
Na melhor fase dos portuenses no encontro, foi quando o Casa Pia abriu a contagem, através de uma boa jogada pelo corredor direito, entre Lucas Soares e Godwin, a combinarem bem e com o brasileiro a assistir Rafael Martins, numa finalização fatal.
Os pupilos de Petit sentiram muito o golo sofrido e, apenas cinco minutos volvidos, os lisboetas dilataram mesmo a vantagem, na sequência de uma recuperação de bola e de um passe longo fenomenal de Kunimoto, a encontrar a velocidade de Godwin, que ‘galgou’ metros em relação ao defesa opositor e, num remate cruzado, bateu Bracali.
Com 2-0 no marcador, a ‘dança’ das substituições retirou intensidade a uma segunda parte que estava a ser disputada a bom ritmo, contrariamente à primeira, mas ainda houve tempo para tentativas frustradas do Boavista, bem controladas pelo Casa Pia.