Crónica: Gil Vicente volta perder com AZ Alkmaar e despede-se da aventura europeia

Num desafio em que o conjunto minhoto tinha de inverter uma desvantagem de quatro golos, trazida do jogo da primeira mão, nos Países Baixos, foram os visitantes a mostrarem maior eficácia, cavando, no segundo tempo, dois golos de vantagem em menos de três minutos, por Evjen (60) e Reijnders (63), a que os gilistas apenas responderam na parte final, com o tento de honra assinado por Boselli (86).

No cômputo final da eliminatória, o Gil Vicente despede-se desta sua primeira 'aventura' nas provas da UEFA com um agregado de 6-1, depois de ronda anterior ter eliminado o Riga, da Letónia, com um somatório de 5-1 (1-1 e 4-0).

Para este desafio, e ao contrário do AZ Alkmaar, que repetiu o 'onze' usado no primeiro jogo, o treinador do Gil Vicente, Ivo Vieira, voltou a fazer várias alterações na equipa inicial, deixando apenas quatro dos titulares - Lucas Cunha, Adrián Marín, Aburjania e Kevin Villodres - que alinharam frente ao Famalicão, na segunda-feira, para o campeonato.

O desafio começou animado pelos neerlandeses, que, logo no primeiro minuto, deixaram um aviso inicial, num remate de Dani de Wit que embateu no poste da baliza gilista.

Os barcelenses tentaram não se intimidar com esse lance, marcando presença na área contrária e deixando, também, uma ameaça num remate de Kevin Villodres, de longe, que saiu um pouco ao lado.

As investidas serviram para as duas equipas reforçarem o respeito mútuo, deixando o desafio cair num equilíbrio de forças, embora com um pouco mais de ousadia para o conjunto português, que, sempre que descobria espaço, tentava a alvejar a baliza contrária.

Os visitantes foram controlando essas investidas gilista e respondendo em contra-ataque, e já depois da meia hora voltaram a ameaçar o desfazer o nulo, com Pavlidis a passar com demasiada facilidade pela defesa dos 'galo' e a acertar no poste da baliza minhota.

Desta vez, o lance, juntamente com um remate, logo depois, de Van Brederode, que saiu um pouco lado, assustou a equipa minhota, que se retraiu e perdeu alguma audácia a explorar velocidade pelas alas, deixando que o 0-0 se arrastasse até o intervalo.

O reatamento começou como novo susto para o Gil Vicente, com Evjen, logo aos 47, a causar um ‘calafrio’ com um remate cruzado que falhou a baliza por muito pouco, e terá despertado o técnico dos barcelenses a mexer na equipa.

Fran Navarro, Fujimoto e Boselli foram chamados, de uma vez só, ao desafio, ainda antes da hora de jogo, na tentativa de imprimirem mais qualidade às manobras ofensivas dos 'galo', que se estavam a perder em jogadas inconsequentes.

Mas, quando a turma barcelense se estava a adaptar a essas alterações, o AZ Alkmmaar foi cirúrgico, em menos de três minutos cavou uma vantagem de dois golos.

Aos 60, Evjen, finalizou uma jogada inventada por Van Brederode e Pavilidis, inaugurando o marcador, e aos 63, com o Gil Vicente a tentar recompor-se, Reijnders finalizou uma arrancada demasiado fácil no 2-0.

Com a vantagem confortável o AZ Alkmaar deu a iniciativa ao Gil Vicente, que nos últimos 15 minutos foi à procura do golo de honra, deixando umas primeira ameaças por Aburjania e Boselli.

O uruguaio acabou por ser eficaz já aos 86 minutos, reduzindo para 2-1, e ainda espreitando o empate nos últimos suspiros do desafio, permitindo à equipa barcelense despedir-se com honra do sonho europeu.