Paulo Pereira Cristovão, candidato derrotado nas eleições do Sporting, garantiu hoje que o técnico Sven-Goran Eriksson aceitou os termos de um contrato para treinar a equipa de futebol ''leonina'', que seria válido por um ano.
Pereira Cristovão, que confessou ter sido ''desagradavelmente surpreendido pelas declarações'' de Eriksson a negar qualquer convite, na quinta feira, no Algarve, lembrou que o sueco, ex-treinador do Benfica, ''foi contactado por interposta pessoa'' em abril de 2009, no México.
''Como manifestou abertura à concretização de eventual acordo, e na sequência de diversos contactos que entretanto foram mantidos entre as partes, em meados de maio ocorreu uma reunião, na casa deste na Malveira da Serra, entre o senhor Sven-Goran [Eriksson], a minha pessoa, o empresário que intermediara o contacto e dois elementos da minha Lista'', sublinhou Pereira Cristovão à agência Lusa.
O candidato da Lista A assegurou que apresentou ''por escrito'' proposta de ''um contrato de um ano com mais um de opção'', com ''um ordenado que seria superior em 30 mil euros àquele que, mensalmente, o então treinador Paulo Bento auferia no Sporting''.
Além disso, teria direito a ''20 por cento nos lucros líquidos das vendas de 'mershandising' dos produtos que iriam ser criados com a sua imagem'' e a ''um prémio, caso obtivesse o primeiro lugar no final da época 2009/2010, e somente nesta circunstância, de um milhão de euros ilíquidos''.
''[Eriksson] aceitou esta proposta e tanto a aceitou que acordámos inclusivamente discutir possíveis contratações para reforçar a equipa principal de futebol do Sporting. Mais referiu que o dinheiro não seria o seu principal objetivo, mas sim um desafio como aquele que lhe estava a ser proposto'', sublinhou, acrescentando que ''ficou ainda acordado que a formalização contratual daquele acordo só deveria ocorrer no dia seguinte às eleições''.
Pereira Cristovão, que anunciou o nome do treinador em final de maio, concluiu que Sven-Goran Eriksson ''faltou grosseiramente à verdade”, o que, na sua opinião, é “intolerável”.
''Negar acordos e reuniões testemunhados por terceiros e, aliás, fotograficamente documentados, são posturas mais próprias de outras personalidades do que de um 'gentleman', condição em que sempre o tive até este momento'', vincou,
Pereira Cristóvão expressou ainda ''pesar pelo facto dos atributos técnicos e táticos que são reconhecidos ao citado treinador (...) não encontrem hoje espelho numa postura de verticalidade e seriedade que apesar dos caminhos ínvios do futebol, todos nós devemos manter a bem deste desporto''.