O presidente do Sporting de Braga afirmou hoje que o clube minhoto é o único “que tem decisão sobre a venda dos seus ativos”, ao abordar as polémicas em torno do futebolista Ricardo Horta.
“O Sporting de Braga é o único clube que tem decisão sobre a venda dos seus ativos. Nesta questão do Ricardo Horta, foi sempre o Braga a ter a decisão de vender ou não. Para se vender qualquer jogador, tem de haver uma série de pressupostos que têm de ser cumpridos, no entendimento do Sporting de Braga. Não houve nem para o Horta, nem para nenhum outro jogador que não tenha saído”, frisou o dirigente bracarense.
À margem do fórum Football Talks, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na Cidade do Futebol, em Oeiras, António Salvador falou aos jornalistas na zona mista, onde revelou que o avançado “está muito satisfeito” por permanecer no clube.
“Nunca ouvi nenhuma declaração pública a dizer que o Ricardo Horta gostaria de jogar no Benfica. O Ricardo Horta está muito satisfeito por continuar no Braga. Ele tem feito grandes jogos e vai, certamente, continuar a fazer grandes jogos no Braga”, expressou.
O presidente dos ‘arsenalistas’ recusou a existência de uma “novela” em torno de uma possível transferência do internacional português para o Benfica, na qual os espanhóis do Málaga, antigo clube do jogador, também se intrometeram, por razões financeiras.
“Nunca houve novela em torno do Ricardo Horta. É um símbolo do nosso clube, é um jogador que estamos muito satisfeitos em tê-lo connosco, é um grande profissional, é o nosso capitão e é muito querido da nossa massa adepta”, explicou António Salvador.
Em relação ao Football Talks, que discute o futuro da modalidade e os desafios até ao final da presente década, o presidente do Sporting de Braga entende que a instituição que lidera “tem vindo a fazer o seu caminho e tem trabalhado de forma sustentada”.
“As equipas de topo, nomeadamente as que estão nas competições europeias, apenas conseguem lutar lá fora e contribuir para o ‘ranking’ europeu vendendo todos os anos. A nossa luta é criar outro tipo de receitas, para que não seja preciso estarmos a vender constantemente. É um trabalho que temos vindo a fazer todos os anos”, exemplificou.
Por outro lado, a criação de infraestruturas também se revela essencial para melhorar o futebol até 2030, considerou António Salvador, que lembrou o trabalho do Sporting de Braga nesse sentido, com o intuito de prosseguir com o “crescimento sustentável”.
“Fico satisfeito quando os próprios clubes ‘grandes’ percebem que temos de olhar para um todo e não só para alguns. Queremos todas as equipas mais competitivas. Só assim poderemos ter um futebol melhor em 2030”, realçou, em resposta às declarações do presidente do Sporting, Frederico Varandas, também na zona mista do Football Talks.
O fórum Football Talks decorre entre hoje e terça-feira, na Cidade do Futebol, com um programa vasto que assenta em temas relacionados com os cinco pilares estratégicos identificados no Plano Futebol 2030 da FPF: Infância e Crescimento, Futebol para Todos e Todas, Qualidade do Jogo, Envolvimento e Sustentabilidade do Ecossistema.