A primeira jornada da Liga feminina de Espanha, que devia iniciar-se hoje, pela primeira vez com o estatuto profissional, foi suspensa devido a uma greve de árbitras, que também pedem o estatuto de profissionais.
"O Atlético Madrid-Real Sociedad não se pode iniciar no centro desportivo Wanda, em Alcala de Henares, devido à ausência da equipa de arbitragem”, informou o clube madrileno, através de mensagem na sua conta Twitter.
O jogo deveria ser o 'pontapé de saída' para a época feminina de futebol.
Em comunicado, as árbitras tinham anunciado, esta semana, a decisão de "não arbitrar qualquer jogo do campeonato feminino da primeira divisão nas condições atuais da situação profissional e económica".
"Nós, árbitras, queremos dar o melhor serviço possível ao futebol e isso passa obrigatoriamente pela obtenção de condições de trabalho próximas da primeira divisão masculina", acrescentam.
Na sexta-feira, a nova Liga Profissional de Futebol Feminino (LPFF) afirmava em comunicado que todas as equipas vão comparecer aos jogos.
"No caso de árbitras e assistentes não compareçam às suas designações, a LPFF vai apresentar reclamação, para que as sanções correspondentes sejam adotadas", explicam ainda os organizadores da Liga F.
A Federação Espanhola de Futebol (RFEF), de que dependem os árbitros, quer que sejam os clubes a pagar os árbitros que apitem no campeonato feminino ao mesmo nível dos que estão no campeonato masculino.
A LPFF defende que isso é uma "chantagem" que não pode aceitar, ao mesmo tempo que os clubes enviaram uma proposta de aumento de remuneração, que dizem não ter tido resposta.