O português Tomás Bessa alcançou hoje o seu melhor resultado no Challenge Tour, ao terminar em sexto lugar o Open de Portugal, conquistado pelo francês Pierre Pineau no primeiro buraco do ‘play-off’ no Royal Óbidos Golf Resort.
Numa reta final entusiasmante e muito competitiva, o jovem profissional, de 23 anos, terminou as quatro voltas regulamentares do torneio com 273 pancadas, 15 abaixo do Par, empatado com os compatriotas Félix Mory e David Ravetto.
Remetida a decisão do título para o ‘play-off’, Pineau enfiou um ‘putt’ de cerca de 15 metros para ‘eagle’, enquanto Mory e Ravetto registaram ‘birdie’, e venceu o seu primeiro torneio como profissional, no traçado desenhado por Seve Ballesteros.
“Significa muito [vitória]. É a minha primeira vitória como profissional. Comecei a semana muito mal, com duas acima do Par na primeira volta e, na altura, só queria passar o ‘cut’. Fiz uma boa ronda, outra no sábado e, agora comecei muito bem, coloquei-me na luta pela vitória”, afirmou o gaulês.
Apesar da pressão de ser, dos três, o jogador com a bola mais distante no ‘green’ no buraco 18 (do ‘play-off’), após uma derradeira ronda isenta de ‘bogeys’ e com cinco ‘birdies’, Pierre Pineau mostrou nervos de aço e uma linha certeira, que lhe permitiu suceder ao alemão Marcel Schneider como campeão do Open de Portugal.
“Penso que não tive bem noção do momento, não esperava, de todo. Falhei os últimos três ‘cuts’, só queria melhorar. Estou sem palavras”, confessou Pineau, que chegou a Óbidos como 55.º classificado na ‘Corrida para Maiorca’ e, graças ao triunfo, vai ascender ao 20.º lugar.
Já Tomás Bessa terminou em grande aquela que foi a sua terceira participação no torneio português do Challenge Tour. Entregou um último cartão com 68 ‘shots’, quatro abaixo do Par, para um agregado de 276 pancadas (-12) e alcançou o sexto lugar, empatado com o escocês Euan Walker.
“Estou muito feliz com este resultado. Fazer menos quatro no último dia, com mais pressão, é um excelente resultado e, se for ‘top 5’, é cereja no topo do bolo. Não é a vitória, mas é um resultado muito bom, é o meu melhor resultado de sempre num torneio do Challenge Tour e estou muito feliz”, comentou.
Além de reconhecer “alguma falta de experiência em últimas voltas de torneios do Challenge Tour”, em que “a pressão é diferente, há mais jogadores a fazer melhores resultados”, o profissional do Alps Tour fez um balanço positivo da exibição no Royal Óbidos.
“Fiz quatro voltas abaixo do Par, como inicialmente queria fazer. O fim de semana foi muito melhor do que a semana, por isso estou muito confiante para os próximos torneios”, frisou Bessa, referindo-se ao Swiss Challenge, graças ao ‘top 10’ no Open de Portugal, e a mais dois torneios do Alps Tour.
Já Pedro Figueiredo não foi tão feliz na despedida como nas rondas anteriores e, com um total de 280 pancadas (70+70+68+72), terminou no 22.º lugar, mantendo-se assim no 85.º lugar na ‘Corrida para Maiorca’.
“Comecei muito mal, sabia que precisava de uma grande volta e os dois primeiros buracos deitaram logo tudo a perder. Três acima ao fim dos primeiros dois. Depois fiz uma boa recuperação, cheguei a estar uma abaixo, no 11 meti-me à segunda no ‘green’, fiz três ‘putts’ e depois não acabei da melhor maneira. Mas, ainda assim, recuperei bem depois de um mau início. Acabar no Par do campo é um mal menor”, explicou o profissional do Challenge Tour,
Enquanto Figueiredo diz que mais do que o resultado, retirou confiança de como jogou esta semana”, o amador Hugo Camelo Ferreira reconheceu ter aprendido com a estreia no Open de Portugal, após a 68.ª posição final, com um total de 293 pancadas (69+73+72+79).
“De uma forma global, o torneio foi bom. Consegui passar o ‘cut’, que era um dos meus objetivos, hoje foi um resultado mais pesado, mas fico contente com a minha prestação. Aprendi muito e vou crescer muito como jogador”, frisou o amador do CG Miramar.