O futebolista brasileiro Hulk, que viu o seu castigo reduzido de quatro meses de suspensão para três jogos, manifestou-se hoje ''injustiçado'' e ''prejudicado pelo facto de ter estado três meses só a treinar, sem poder jogar pelo FC Porto''.
''Para os jogadores, a pior coisa que pode acontecer é não poder jogar. A nossa maior alegria é treinar durante a semana e no fim de semana jogar'', defendeu Hulk, comentando assim a redução do castigo relativo aos incidentes no túnel do Estádio da Luz.
O jogador foi inicialmente punido pela Comissão de Disciplina (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) com quatro meses de suspensão, mas o castigo acabaria por ser reduzido pelo Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para três jogos.
Hulk considera que o castigo prejudicou-o, e ao próprio FC Porto, como comprometeu seriamente as aspirações em poder ser chamado à seleção do Brasil, para o Campeonato do Mundo da África do Sul.
''Fui prejudicado durante três meses e alguns dias. Estar só a treinar, sem poder jogar é muito difícil'', afirmou Hulk, realçando que todo o ''staff'' portista o ajudou a superar este mau bocado.
Adiantando que o caso já está entregue aos advogados do clube, o jogador disse estar ''revoltado com a situação'' e sublinhou que, em algumas situações, a sua ausência poderá ter tido uma influência negativa na equipa, mas reconheceu que o FC Porto não é só Hulk e que todos os jogadores são importantes.
De acordo com Hulk, “desde o 1 que é o Helton até ao 33 que é o Nuno todos são importantes, pois o objetivo comum é o mesmo, ajudar o FC Porto, que joga sempre para ganhar e num nível elevado, independentemente de eu jogar ou não''.
''Não acho justo só receber o salário sem poder ajudar o clube. Todos fomos prejudicados'', adiantou Hulk, que pretende regressar o mais rápido possível ao leque de opções do treinador Jesualdo Ferreira.
O brasileiro está consciente de que lhe falta ritmo de jogo, mas está ''a trabalhar forte para procurar um lugar na equipa e poder ajudar o FC Porto'', o que pode acontecer no domingo, frente ao Belenenses, no Restelo, em jogo da 24.ª jornada da Liga de futebol.
''Quero é jogar. Foi uma injustiça muito grande estar três meses sem jogar, sem poder ajudar o clube e sem fazer aquilo que mais gosto de fazer'', explicou Hulk, visivelmente com ''fome de bola''.
Hulk antevê um jogo difícil com o Belenenses, mas acredita que o FC Porto tudo irá fazer para ganhar e manter intactas as aspirações matemáticas de continuar na luta pelos lugares da frente, recusando adiantar um resultado desejável para o Benfica-Sporting de Braga, que opõe primeiro e segundo classificados.
''Só pensamos em ganhar ao Belenenses. Vai ser difícil, mas queremos muito ganhar. Pensamos só em nós, no FC Porto, independentemente dos jogos e dos resultados das outras equipas'', considerou.
Em relação ao título, o jogador recusa atirar a toalha ao chão e defende que ''tudo é ainda possível''. ''O campeonato ainda não acabou. Faltam sete jornadas e muitos pontos para serem disputados'', concluiu.