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Crónica: Morata castiga opções de Santos e afasta Portugal da Liga das Nações

Portugal só precisava de empatar em Braga com a Espanha para chegar à ‘final four’ da Liga das Nações, mas, incapaz de marcar, deixou ‘arrastar’ o ‘nulo’ e acabou derrotado (1-0) sobre o fim.

Crónica: Morata castiga opções de Santos e afasta Portugal da Liga das Nações
Futebol 365

Aos 88 minutos, Álvaro Morata, que já havia marcado no 1-1 de Sevilha, concluiu uma de muitas jogadas perigosas da Espanha na parte final, na qual chegou a ‘sufocar’ Portugal, face às mexidas de Luis Enrique, que começou com um ‘onze’ muito alternativo.

Se a Espanha foi buscar a vitória ao banco de suplentes, Fernando Santos não melhorou Portugal com as alterações, sendo que não foi capaz de tirar do jogo – nunca aconteceu antes e o seu discurso não faz prever que isso possa vir a acontecer – aquele que parecia ser obrigatório tirar, o ‘capitão’ Cristiano Ronaldo.

Depois da exibição aziaga na República Checa, onde falhou vários golos e até ofereceu um penálti, Ronaldo, que esta época só soma um tento – de penálti – em 10 jogos, falhou ocasiões flagrantes aos 47, 72 e 90 minutos, daquelas que ‘nunca’ falhava.

Assim, Portugal, vencedor em 2019, está fora da ‘final four’ da terceira edição da Liga das Nações, enquanto a Espanha, ‘vice’ em 2021, segue para a segunda fase final consecutiva, na qual vai agora tentar chegar ao ‘caneco’, perante Croácia, Itália e Países Baixos.

Como se previa, e em relação ao jogo com os checos, Fernando Santos mudou os dois laterais, colocando João Cancelo e Nuno Mendes nos lugares de Diogo Dalot e Mário Rui, e mexeu ainda numa das peças da frente, trocando Rafael Leão por Diogo Jota.

Por seu lado, Luis Enrique fez uma autêntica revolução no ‘onze’ espanhol, ao mudar sete ‘peças’ em relação ao desaire caseiro por 2-1 com a Suíça, tendo ‘sobrevivido’ apenas Unai Simón, Pau Torres, Ferrán Torres e Pablo Sarabia.

Mesmo sem o trio de médios do FC Barcelona (Busquets, Gavi e Pedri), a Espanha assumiu-se como ‘dona’ da bola desde o apito inicial, perante uma formação portuguesa recuada, na expectativa, a apostar no contra-ataque.

Os espanhóis ‘goleavam’ na posse de bola, mas só conseguiram criar perigo, aos oito minutos, porque João Cancelo perdeu a bola em zona proibida, junto à área lusa, com o ex-‘leão’ Sarabia a rematar, mas para o corte junto ao relvado de Rúben Neves.

Portugal respondeu de imediato, com um centro de Nuno Mendes ao qual Diogo Jota não chegou, mas o jogo a prosseguiu com a Espanha sempre a circular a bola, mas sem ‘assustar’ Diogo Costa, que só ‘reapareceu’ aos 42 minutos, para controlar um remate sem grande perigo de Ferrán Torres.

Pelo meio, e quando conseguiu ter a bola, Portugal poderia ter marcado, em remates de Rúben Neves (23 minutos) e Diogo Jota (33), para defesas de Unai Simón, e de Rúben Dias (28) e Bruno Fernandes (37), ao lado - o do médio a dar sensação de golo.

Após o intervalo, Luis Enrique trocou o ‘amarelado’ Guillamón por Sergio Busquets, mas foi a equipa lusa, com o mesmo ‘onze’, a entrar melhor e a ameaçar novamente, com Diogo Jota a isolar Ronaldo e este a ver Unai Simón negar-lhe o golo.

O jogo começou a mudar aos 60 minutos, quando Luis Enrique ‘adicionou’ Gavi, Pedri e Yeremy Pino e a Espanha começou a tornar-se mais perigosa, embora Portugal tenha voltado a estar perto do golo, por Rúben Dias, aos 69, mas Carvajal salvou.

Morata apareceu em boa posição aos 71 minutos, para um remate fraco à figura de Diogo Costa, mas, aos 72, foi a equipa lusa a ter uma ocasião enorme: Bruno Fernandes tocou para Diogo Jota e este ofereceu o golo a Ronaldo, que perdeu uma eternidade, não rematou de pronto e foi desarmado por Gayà.

Aos 73 minutos, enquanto Portugal ‘perdeu’ Bernardo Silva, substituído por João Mário, a Espanha colocou Nico Williams, que veio intensificar o domínio da ‘roja’, com a sua velocidade.

Na resposta, aos 78 minutos, Fernando Santos apostou em Rafael Leão e Vitinha, mas tirou Diogo Jota e William Carvalho, mantendo Ronaldo, que logo depois, aos 79, solto pela direita, não conseguiu colocar a bola no jogador do AC Milan, isolado.

A parte final foi de Nico Williams, que tentou sem sucesso aos 84 e 85 minutos, mas, aos 88, foi decisivo no golo de Álvaro Morata, ao assistir de cabeça o avançado do Atlético de Madrid, depois de um centro de Carvajal, em jogada envolvente.

Mesmo com pouco tempo para jogar, Portugal ainda teve uma ocasião de ‘ouro’ para chegar ao empate, e à fase final, mas Ronaldo, isolado por um grande passe de João Cancelo, voltou a esbarrar em Unai Simón, que defendeu com o joelho, aos 90 minutos.

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