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Presidente do COI admite regresso dos russos que se demarquem da guerra

Os atletas russos poderão voltar a competir no desporto a nível internacional caso não apoiem a guerra na Ucrânia, admitiu Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional.

Presidente do COI admite regresso dos russos que se demarquem da guerra
Futebol 365

“Trata-se de ter atletas com passaporte russo que não apoiem a guerra, temos de pensar sobre isso para o futuro”, disse o dirigente ao diário italiano.

A grande maioria das modalidades tem seguido as recomendações do COI, de fevereiro, e baniram o desporto russo pela invasão da Ucrânia.

Com a realização de vários eventos de qualificação para os Jogos Olímpicos de 2024, a ausência de desportistas russos começa a tornar-se uma ‘exclusão de facto’ de Paris2024, reconhece o líder do COI.

Bach diz que “não é necessariamente o ter a Rússia de volta” que está em discussão, mas que persiste um dilema – “esta guerra não foi iniciada por atletas russos”.

O líder do COI não avança sugestões sobre o modo de expressar essa oposição à guerra, numa altura em que a dissidência e a crítica podem levar à condenação e prisão por vários anos.

Por outro lado, os desportistas que publicamente apoiaram a guerra têm vindo a ser castigados pelas respetivas federações internacionais.

Foi o caso, nomeadamente, do nadador campeão olímpico Evgeny Rylov, que apareceu num comício em Moscovo ao lado de Vladimir Putin.

Já o ginasta Ivan Kuliak, apareceu num evento internacional com o símbolo do ‘Z’, pintado nos tanques russos aquando do início da invasão.

Até agora, as exceções relevantes a nível individual para os desportistas russos foram o ténis e o ciclismo, em que continuaram a competir em grandes provas, mas sem símbolos nacionais nem hino e bandeira.

No atletismo, a exclusão data de 2015 e não tem a ver, de origem, com a guerra, mas sim com o doping generalizado.

Bach diz agora que “é missão do COI ser politicamente neutro” e que “os Jogos Olímpicos e o desporto em geral são algo que une as pessoas e a humanidade”.

“Por isso, estamos face a um dilema real, no que toca à invasão russa da Ucrânia”, reconhece, acrescentando: “Vamos ter de ver, estudar como podemos ter de novo todos, e de que forma”.

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