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Crónica: Benfica teve de sofrer na 'lotaria' para derrotar Caldas

O Benfica só no desempate por grandes penalidades (5-3) superou o Caldas, após a igualdade (1-1) no tempo regulamentar e no prolongamento, na terceira eliminatória da Taça de Portugal.

Crónica: Benfica teve de sofrer na 'lotaria' para derrotar Caldas
Futebol 365

Em Caldas da Rainha, Petar Musa inaugurou o marcador para as ‘águias’, aos 52 minutos, após um excelente trabalho individual, tendo Gonçalo Barreiras empatado aos 73 para a formação da Liga 3.

No prolongamento, o resultado manteve-se inalterado e o vencedor apenas ficou decidido no desempate por grandes penalidades, nas quais os 'encarnados' converteram com sucesso as cinco tentativas, enquanto os caldenses falharam a primeira, por Clemente, e marcaram as outras três.

Roger Schmidt promoveu cinco jogadores em relação à equipa titular apresentada no jogo com o Paris Saint-Germain, para a Liga dos Campeões, com as entradas de Helton Leite, Gilberto, Brooks, Draxler e Rodrigo Pinho, tendo mantido a aposta em António Silva, Grimaldo, Florentino, Enzo Fernandez, Aursnes e João Mário.

Já José Vala manteve a aposta dos últimos embates na Liga 3, apenas com a entrada do guarda-redes Wilson Soares que, já tinha sido o escolhido na eliminatória anterior da competição, em que a formação de Caldas da Rainha eliminou o Sporting da Covilhã, da II Liga, por 3-0.

Com o avançado João Rodrigues a pisar zonas mais recuadas do terreno, o Caldas apresentou-se a querer disputar a partida e a pressionar alto o Benfica. Ainda assim, foram os ‘encarnados’ a criarem mais situações de perigo na primeira parte.

Aos oito minutos, Rodrigo Pinho esteve perto de marcar, mas o remate, já dentro de área, saiu ligeiramente por cima. Seguiu-se um remate de Gilberto à figura do guarda-redes caldense, antes de João Silva ser protagonista do primeiro de dois lances de perigo.

O esquerdino obrigou Helton Leite a aplicar-se, na conversão de um livre direto, aos 25, e, pouco depois, aos 38, após uma perda de bola de Enzo Fernandez – hoje com menos influência do que o habitual -, desferiu um portentoso remate, obrigando o guarda-redes das ‘águias’ a ‘voar’ para uma grande intervenção, com a bola ainda a embater no poste da baliza.

Pelo meio, valeu a atenção de Wilson Soares para evitar o golo de Grimaldo, que surgiu isolado após uma boa combinação ofensiva com Rodrigo Pinho, à esquerda do ataque.

Ao intervalo, o marcador ditava um ‘nulo’, com o conjunto orientado por Roger Schmidt algo ‘adormecido’, enquanto o emblema da Liga 3, potenciado pela capacidade ofensiva de João Rodrigues e galvanizado pelo Campo da Mata repleto, mostrava que queria adiantar-se no marcador.

Na etapa complementar, o técnico do Benfica mexeu na equipa, fazendo entrar Diogo Gonçalves e Petar Musa para os lugares de Florentino Luís e Rodrigo Pinho, e foi uma dessas opções, no caso o avançado croata, que teve o sucesso esperado: aos 52 minutos, e depois de um bom trabalho, rematou rasteiro, à entrada da área, para o primeiro tento da noite.

O guarda-redes do Caldas, contudo, levou a melhor nos três lances seguintes, precisamente diante do croata, com três boas manchas quando o ponta de lança estava isolado.

Aos 72, Grimaldo, na conversão de um livre direto à esquerda, ficou muito próximo de dilatar a vantagem, com a bola a bater no poste esquerdo, mas foi mesmo a equipa de José Vala a empatar a contenda.

No minuto seguinte, o recém-entrado Gonçalo Barreiras empatou o encontro, após conseguir isolar-se, na sequência de uma falha do central António Silva, e colocou e a bola por baixo das pernas de Helton Leite.

Numa noite de grande inspiração para Wilson Soares na baliza do conjunto do terceiro escalão nacional, o jogo seguiu para o prolongamento, quando a quebra física dos caldenses - Militão teve mesmo de ser substituído devido ao desgaste - juntou-se a desinspiração ofensiva do líder da I Liga.

Aos 97 minutos, Musa ameaçou com um cabeceamento perigoso e, dois minutos depois, Enzo Fernandez viu o seu remate ser devolvido pela barra.

Perto do fim, aos 118, um corte incompleto de André Sousa quase deitou tudo a perder, mas o jogo só foi mesmo decidido no desempate por grandes penalidades, momento em que o Benfica foi 100% eficaz, carimbando, dessa forma, o apuramento para a quarta eliminatória da prova 'raínha'.

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