A capitã da seleção portuguesa feminina de futsal, Ana Azevedo, prometeu hoje um grupo “a 100%” na qualificação para o Campeonato da Europa de 2023, que arranca na quinta-feira, em Fafe.
A equipa das ‘quinas’ está a “trabalhar afincadamente” para os jogos com a Bielorrússia, às 20:00 de quinta-feira, a Eslovénia, a partir das 21:00 de sexta-feira, e a Itália, às 21:00 de domingo, relativos ao grupo 3 da fase de apuramento, depois das derrotas com Espanha (ambas por 2-0) nos jogos de preparação de sexta-feira e de sábado, salientou.
“Os jogos de preparação servem para corrigirmos aquilo que temos ainda a corrigir. Trabalhamos com confiança, sabemos qual o nosso objetivo e vamos trabalhar afincadamente para, na quinta-feira, estarmos a 100%”, vincou a jogadora de 36 anos, internacional por Portugal em 104 ocasiões, após o treino de hoje, no pavilhão do Nun’Álvares, em Fafe.
A atleta do Santa Luzia, conjunto do primeiro escalão do futsal nacional, considerou que as portuguesas até foram “superiores” nos dois jogos de Rio Maior, frente a uma seleção com a qual perderam as finais dos europeus de 2019 e de 2022, mas falharam na finalização.
“Pecámos muito na finalização. Criámos muitas oportunidades, cometemos erros que não se podem cometer contra uma Espanha. Vamos trabalhar para que os próximos jogos corram bem”, disse.
Convencida de que a Itália é, “em teoria”, a adversária “mais difícil” do grupo, Ana Azevedo enalteceu ainda a melhoria do futsal luso na vertente feminina desde que se estreou pela seleção, em 2010.
“As diferenças são enormes. Temos agora um campeonato nacional, uma Taça da Liga e uma Taça de Portugal. Nessa altura, não tínhamos. Raramente nos juntávamos para a seleção, e agora temos estágios praticamente todos os meses. Essa evolução prestigia o futsal português e ajuda-o a ser cada vez melhor”, descreve.
Já Carolina Pedreira, atleta de 20 anos com 10 internacionalizações, mostrou-se confiante num “grande apuramento”, depois de dois particulares com a Espanha, “uma das melhores seleções da Europa e do mundo”, que “não correram bem em termos de resultados”, mas serviram para perceber aquilo em que Portugal não estava “tão bem”.
“Fomos uma equipa muito intensa. Apenas pecámos na finalização. Também não fomos tão fortes nos duelos individuais. Poderíamos ter ganhado. Batemo-nos muito bem”, observou.
A jogadora do Sporting disse ainda ser “incrível” trabalhar com algumas das suas “referências” na modalidade, atletas que “via na televisão”.
“Ensinam-me muito. Têm muita experiência. É bom a juventude olhar para jogadoras mais velhas, com muita experiência, que já passaram por muito”, disse.
A seleção vencedora do grupo 3 da fase de qualificação, que se disputa no pavilhão multiusos de Fafe, apura-se para o campeonato da Europa de 2023, agendado para março.