As guarda-redes da seleção nacional feminina de futsal, Maria Odete Rocha e Ana Catarina, afirmaram hoje que é possível derrotar a valia individual da Itália através do jogo “coletivo” e assim garantir a presença no Europeu de 2023.
Após os triunfos sobre Bielorrússia (14-0) e Eslovénia (12-0), Portugal lidera o Grupo 3 da fase de qualificação, com os mesmos seis pontos da adversária de domingo, e precisa apenas de um empate para ‘carimbar’ a fase final, por causa da melhor diferença de golos, mas Maria Odete Rocha diz que só pensa na vitória, resultado que, a seu ver, depende da prestação “coletiva” da equipa das ‘quinas’.
“Chegámos como favoritas, mas temos de mostrar isso em campo. […] Sabemos que o empate basta, mas vamos jogar para uma vitória […]. Elas individualmente são muito fortes, mas acredito que coletivamente vamos estar a 100% para conseguirmos fazer com que não nos criem perigo”, disse, na antecâmara do terceiro e último jogo do grupo, marcado para as 21:00 de domingo, no Pavilhão Multiusos de Fafe.
A guarda-redes de 26 anos, que jogou no campeonato italiano em 2019/20, ao serviço do Nápoles, acrescentou que a seleção vice-campeã europeia em 2019 e neste ano, em julho, tem de “defender bem” para contrariar a valia “individual” das transalpinas e alcançar mais uma fase decisiva da prova.
“Apesar das duas goleadas até agora, estamos cientes de que o jogo de amanhã [domingo] vai ser difícil. Vamos estar com os pés bem assentes no chão, para remarmos para o mesmo lado e conquistarmos a vitória”, prosseguiu.
Ao serviço de Portugal na cidade do Nun’Álvares, clube que representa, Maria Odete Rocha admitiu que “jogar em casa é sempre bom” e mostrou-se convencida de que o “público fafense” vai comparecer para apoiar as jogadoras lusas do “primeiro ao último minuto”.
A outra guarda-redes do grupo, Ana Catarina, também já competiu em Itália, pela Lazio, na época 2014/15, e concordou com a ideia de que o futsal transalpino é mais “individual” do que o português, com “mais jogadas de um para um”, ainda que em crescimento.
“Jogámos com a Itália em 2019. Na altura, ganhámos duas vezes por 4-0. Hoje, é uma seleção com mais qualidade individual. A guarda-redes italiana, a Ana [Sestari], também é muito boa. Com certeza será uma adversária forte pela frente. Na transição, as italianas também podem ser um caso complicado”, perspetivou.
A guarda-redes do Benfica reconheceu ainda que é “importante chegar ao último jogo sem qualquer golo sofrido” e assumiu o desejo de manter a baliza a ‘zeros’ no domingo, ainda que o objetivo principal seja a vitória e o consequente apuramento para o Europeu.
“Sabemos que o empate nos favorece por causa da diferença de golos, mas não vamos pensar nisso. Vamos pensar apenas em ganhar o jogo e em dar continuidade à questão de não sofrer golos. Se pudermos marcar, melhor ainda”, referiu.
Cada uma das seleções vencedoras dos quatro grupos da fase de qualificação apura-se para o campeonato da Europa de 2023, agendado para março.