O FC Porto goleou hoje os belgas do Club Brugge, por 4-0, no Grupo B da Liga dos Campeões, resultado que traduz o quão superior foi numa noite em que Diogo Costa voltou a brilhar.
O FC Porto chegou ao intervalo a vencer por 1-0, com um golo de Taremi, aos 33 minutos, resultado escasso para tantas oportunidades que criou, e chegou à goleada na segunda parte com golos de Evanilson, Stefan Eustáquio e do avançado iraniano, que ‘bisou’.
Pode parecer um paradoxo, que o guarda-redes portista tenha brilhado numa noite em que a equipa foi tão superior ao adversário, mas foi exatamente o que se passou num jogo em que o FC Porto se ‘vingou’ da derrota no Dragão, justamente por 4-0.
Depois de uma primeira parte em que o FC Porto podia ter chegado ao intervalo a golear, tantas as oportunidades de golo que desperdiçou, eis que o central David Carmo, no início da segunda parte, cometeu um erro infantil, ao provocar um penálti perfeitamente evitável, e catapultou o seu colega de equipa Diogo Costa, mais uma vez, para a ribalta da Liga os Campeões.
Depois de ter sido decisivo na vitória do FC Porto sobre o Bayer Leverkusen, no Dragão, na jornada anterior, ao defender um penálti e ao fazer uma assistência para golo, eis que Diogo Costa voltou a cometer um feito incrível ao defender dois penáltis aos 50 minutos, o primeiro rematado por Hans Vanaken, que seria repetido, e o segundo por Noah Lang, com duas estiradas fantásticas que galvanizaram a equipa para a goleada.
De resto, o FC Porto podia ter resolvido o jogo ainda na primeira parte, graças a um entrada forte no jogo, com os jogadores a ganharem quase todos os duelos individuais com os adversários, mais agressivos e mais determinados, o que contrastava com a postura da já apurada equipa belga, a qual, quando despertou para o jogo, já podia estar a ser goleada.
Nos primeiros 25 minutos, o FC Porto dispôs de quatro oportunidades soberanas de golo, a primeira, logo aos sete minutos, por Eustáquio, servido por uma assistência preciosa de Otávio – que grande exibição – fez o mais difícil e atirou por cima da barra.
Ao quarto de hora de jogo foi a vez do guarda-redes belga evitar o golo iminente de Taremi, servido por Evanilson, de cabeça, um minuto depois o avançado iraniano falhou incrivelmente o golo, só com Mignolet pela frente, atirou por cima da barra, e aos 25 foi a vez de Galeno, numa jogada iniciada por Otávio, chutar para o golo e a bola só não entrou porque desviou na perna de Evanilson.
À quinta, todavia, foi de vez, o passe de Otávio a isolar Taremi na cara de Mignolet foi finalizado com competência, decorria o minuto 33, quando o FC Porto adiantou-se no marcador e a equipa belga parecia incapaz de travar a avalanche atacante dos portistas.
Este golo acabou por esboçar uma reação aos belgas, ao mesmo tempo que o FC Porto baixou um pouco a intensidade, depois de uma primeira meia hora de pressão alta, de maior agressividade nos duelos, de maior intensidade de jogo.
O FC Porto encarou o jogo para ganhar, enquanto a equipa belga, que já tem o apuramento garantido, mas não o primeiro lugar, abordou-o de uma forma menos determinada, em alguns momentos até algo displicente, e isso revelou-se fatal.
No início da segunda parte, o Club Brugge entrou com outra dinâmica e agressividade, dispôs de um penálti inadmissível a este nível competitivo, ‘oferecido’ pelo central David Carmo, num momento delicado da partida que podia ter virado do avesso.
Valeu a categoria de Diogo Costa, ao defender o primeiro penálti, que seria repetido por Eustáquio ter invadido a área, e o segundo, numa demonstração de instinto apurado, velocidade de reflexos, e elasticidade incríveis, mantendo o FC Porto no rumo da goleada, que se antevia caso o FC Porto fosse capaz de ser mais eficaz a finalizar.
Na tentativa de chegar ao empate, o Brugge arriscou um pouco mais, os espaços passaram a sobrar e os três golos que o FC Porto fez na segunda parte, por Evanilson, Eustáquio e Taremi, que ‘bisou’, ocorreram em situações de igualdade numérica dos defesas belgas para os avançados portistas.
Mesmo sem marcar, de salientar as grandes exibições de Otávio e Galeno, que tiveram um papel crucial nos desequilíbrios provocadas à defesa belga e uma participação direta nos quatro golos.
Com esta vitória, o FC Porto ficou a um ponto do apuramento no grupo B da Liga dos Campeões, mas garantir ainda hoje esse objetivo caso os espanhóis do Atlético de Madrid não vençam na receção aos alemães do Bayer Leverkusen.