O treinador do Boavista considerou hoje que a sua equipa terá de “saber puxar pelo público” para derrotar o Vizela, no domingo, em encontro da 11.ª jornada da I Liga.
“Esperamos um jogo difícil. Jogamos em casa contra um oponente que também vem com algum público. O Vizela é uma equipa muito intensa e sem tanta pressão, que encara os jogos olhos nos olhos. Temos de fazer o nosso trabalho e de saber reagir àquilo que nos tem acontecido nestes últimos duelos”, priorizou o técnico, em conferência de imprensa.
Depois de ter chegado à paragem do campeonato para os compromissos das seleções nacionais com cinco vitórias nas sete primeiras jornadas, o clube do Bessa averbou três derrotas e um empate, sendo afastado da terceira eliminatória da Taça de Portugal, ao perder na visita ao Machico (0-1), do Campeonato de Portugal, quarto escalão nacional.
“Analisámos o que não fizemos tão bem nestes jogos que ficaram para trás, através dos quais podíamos ter dado seguimento ao nosso bom início de campeonato, mas todos os clubes passam por ciclos menos positivos. Calhou-nos agora a nós e esperamos reagir. Estamos num clube exigente e de grande história. Queremos também ficar na história e isso passa por trabalhar para nos tornarmos mais fortes e alcançarmos vitórias”, notou.
Petit garantiu que o Boavista “trabalhou bem durante esta semana”, após ter perdido nos instantes finais no terreno do Vitória de Guimarães (2-3), num embate da ronda anterior afetado pela expulsão com cartão vermelho direto de Ricardo Mangas, aos 41 minutos.
“Peço aos jogadores que trabalhem no máximo todos os dias, já que os jogos se ganham nos detalhes. Cabe à equipa técnica trabalhá-los para sermos mais fortes de jogo para jogo. É com esse intuito que iremos entrar focados e determinados, sabendo que há um Vizela destemido, com atletas de qualidade e muita juventude. Esperamos saber puxar pelos nossos adeptos, pois precisamos bem deles, para voltarmos às vitórias”, reforçou.
À exceção de Ricardo Mangas, que está suspenso, as ‘panteras’ estão livres de lesões para poderem “voltar a ter a alegria de festejar” três pontos, sensação vivida pela última vez em 17 de setembro, quando derrotaram em casa o Sporting (2-1), na sétima ronda.
“Sabemos que o campeonato é difícil. As equipas trabalham e analisam bem as equipas adversárias. Fazemos o mesmo, nunca fugindo ao nosso padrão e ideia. Estamos num momento em que não temos as vitórias que queríamos, mas sabemos que foram estes jogadores que nos trouxeram até aos 16 pontos. Temos de saber reagir e trabalhámos sobre isso em termos táticos, técnicos e psicológicos, falando com alguns jogadores em relação a detalhes que, às vezes, fazem a diferença e pagam-se caro nos jogos”, frisou.
Questionado acerca da ausência do eslovaco Róbert Bozeník no ‘onze’ das últimas três partidas, Petit lembrou que “os avançados vivem de golos e dessa confiança”, numa fase da época em que o reforço emprestado pelo Feyenoord soma um tento em sete duelos.
“Temos três boas soluções para o centro do ataque: Róbert Bozeník, Yusupha e Martim Tavares. Analisamos a semana de trabalho e o crescimento deles. Depois, escolhemos aquele que achamos que pode ser o mais indicado para determinado jogo. Trabalhamos em função do nosso padrão e das equipas adversárias. Contamos com todos e todos vão ter oportunidades. Vamos para a 11.ª jornada e quase todo o plantel já jogou”, concluiu.
O Boavista, sétimo colocado, com 16 pontos, vai medir forças diante do Vizela, 13.º, com 11, no domingo, a partir das 15:30, no Estádio do Bessa, no Porto, em encontro da 11.ª ronda da I Liga, com arbitragem de Tiago Martins, da Associação de Futebol de Lisboa.