Declarações de Álvaro Pacheco, treinador do Vizela, após o empate frente ao Boavista (2-2), em jogo da 11.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Porto.
“Sabíamos que íamos defrontar uma equipa muito forte, principalmente a jogar em casa, onde mete a alma e o ADN do Boavista. Tínhamos de manter o nosso ADN muito bem vincado para sermos capazes de controlar a partida.
Mesmo depois de termos sofrido uma adversidade no primeiro lance, pegámos no jogo, conseguimos empatar, passar para a frente e dominar. Acho que o jogo esteve sempre controlado, tanto defensiva, como ofensivamente. Sentíamos que o Vizela estava mais perto de fazer o terceiro golo, mas tivemos uma pequena desconcentração [no 2-2], que nos deixou nervosos, precipitados e fora das nossas pretensões de mandar no desafio.
O Boavista aproveitou o élan e a força da sua massa associativa. Nessa fase em que o adversário nos estava a empurrar para trás, precisávamos que os nossos jogadores da frente fossem capazes de segurar o jogo, mas estavam constantemente a perder bolas.
Houve mérito do Boavista em nos empurrar, mas, se fôssemos capazes de ter feito o terceiro golo, penso que seríamos uns justos vencedores. Agora, pela reação do opositor e por aquilo que criou após o 2-2, também podíamos ter saído daqui com uma derrota.
É muito fácil apitar penáltis contra o Vizela. Não percebo como é que o videoárbitro não reverteu [o segundo penálti]. É o Yusupha que calca o nosso jogador [Anderson]. Se olharmos para a reação do Yusupha, caiu, levanta-se logo e não protesta. Aceito que o árbitro possa ter sido induzido em erro no calor do jogo, mas quem está no videoárbitro (VAR) tem de analisar que é o nosso atleta que chuta a bola e o Yusupha que o calca.
É algo que temos sentido nos últimos jogos. Temos de nos manter focados e saber lidar com maior estabilidade emocional, para sermos mais capazes de controlar o jogo e não desligarmos. Saímos com um ponto, podíamos ter saído com três, mas também com nenhum. Acho que acabamos por sair satisfeitos com o empate. Isto faz-se de pontos”.