O Benfica acabou hoje com uma impressionante goleada por 6-1 no reduto do Maccabi Haifa a melhor fase de grupos da sua história, que valeu o triunfo no Grupo H, à frente de Paris Saint-Germain e Juventus.
Um golo de João Mário, já nos descontos, aos 90+2 minutos, foi a ‘cereja em cima do bolo’, já que valeu, no desempate por golos fora, a ultrapassagem no agrupamento aos gauleses, após igualdade total em pontos (14), novo máximo ‘encarnado’, e golos (16-7).
Antes, o Benfica teve uma primeira parte complicada, que acabou numa igualdade a um golo, com Gonçalo Ramos a adiantar o conjunto de Roger Schmidt, aos 20 minutos, mas os israelitas a empatarem logo a seguir, aos 26, num penálti de Tjarron Chery.
A segunda parte foi, porém, dominada pelo Benfica, com Petar Musa a recolocar a equipa em vantagem, aos 59 minutos, e a iniciar a ‘cavalgada’ final da equipa ‘encarnada’, hoje de amarelo, com tentos de Grimaldo (69), Rafa (73) e Henrique Araújo (88), antes de João Mário ‘roubar’ o primeiro lugar ao PSG.
Para a história, fica o 22.º jogo consecutivo sem perder em 2022/23 e o 11.º na ‘Champions’, prova em que a equipa da Luz nunca marcara seis golos na fase de grupos, só nas pré-eliminatórias (6-0 ao Beitar, também de Israel, em 1998/99).
Face ao castigo de Enzo Fernández, Roger Schmidt fez regressar ao ‘onze’ Florentino, mantendo o resto do elenco habitual, incluindo os jogadores em perigo de exclusão, o médio defensivo e ainda João Mário e Gonçalo Ramos.
Muito apoiado pelos adeptos, que encheram o Estádio Sammy Ofer, o Maccabi Haifa entrou forte e criou a primeira ocasião, aos cinco minutos, por David, mas a resposta foi pronta do Benfica, com um cabeceamento de Gonçalo Ramos ao ‘ferro’, aos nove.
A formação lusa começou a assumir o comando do encontro e Rafa quase marcou aos 18 minutos, valendo aos locais uma grande defesa do guarda-redes Cohen, que, aos 20, nada pôde fazer para evitar o cabeceamento de Ramos, servido também de cabeça por Otamendi.
O Benfica parecia ter conseguido o mais difícil, mas, apenas seis minutos volvidos, o Maccabi chegou ao empate, num penálti que Chery não desperdiçou, após uma mão desnecessária de Bah.
Pouco depois, os ‘encarnados’ perderam Gonçalo Ramos e Aursnes, que saíram ‘tocados’, sendo substituídos por Musa e Chiquinho, jogadores que tiveram um impacto muito positivo na equipa, com o primeiro quase a faturar, aos 40 minutos.
Após o intervalo, o Benfica foi mais dominador, com Chiquinho a ameaçar, aos 52 minutos, o segundo golo, que apareceu aos 59, num grande cabeceamento de Musa, em antecipação a Seck, em resposta a um grande centro da direita de Bah.
O momento de ‘viragem’ do jogo aconteceu aos 69 minutos, com Chiquinho a sofrer uma falta à entrada da área, mesmo a jeito para mais um golo de livre direto do ‘especialista’ Grimaldo, que fez a bola sobrevoar a barreira e entrar junto ao poste direito.
Os ‘encarnados’ perceberam que o triunfo estava seguro, descontraíram e foram em busca de uma histórica goleada, rumo à vitória no Grupo H, e Rafa fez o ‘sonho’ aproximar-se aos 73 minutos, ao ‘picar’ sobre Cohen, assistido por David Neres.
Depois, Schmidt lançou Henrique Araújo e Diogo Gonçalves e, como Musa e Chiquinho, recebeu, certamente, o que queria do banco, com Diogo quase a marcar aos 87, num ‘tiro’ ao poste direito, a anteceder o tento de Henrique Araújo, aos 88, servido por Bah.
O Benfica percebeu que o primeiro posto estava próximo e, com Lucas Veríssimo em vez de António Silva, carregou nos descontos – apenas três minutos -, sendo premiado aos 90+2 minutos, com um ‘tiraço’ de fora da área de João Mário. Para a lenda.