Crónica: Golo ‘madrugador’ de Antony prolonga série invencível do Arouca

O extremo brasileiro de 21 anos aproveitou o adiantamento vizlense no terreno para se isolar logo aos três minutos e marcar o golo que sentenciou um desafio marcado pela constante iniciativa atacante dos minhotos, mas apenas perigosa a espaços, e pelo esforço do Arouca para ‘abrandar’ o ritmo de jogo, através de uma circulação ‘pausada’ ou das demoras na reposição da bola ou nas substituições.

Com três vitórias e de três empates nas últimas seis jornadas, a formação da serra da Freita ascendeu ao oitavo lugar, com 19 pontos, ao passo que a equipa treinada por Álvaro Pacheco averbou o terceiro jogo consecutivo sem triunfos e mantém o 12.º lugar, com 12.

O embate começou com o golo arouquense, num lance em que a retaguarda anfitriã foi surpreendida: lançado por Sylla, o substituto do castigado Alan Ruiz no ‘onze’, Antony progrediu sem oposição pelo meio-campo vizelense e aproveitou a saída de Buntic para contornar o guarda-redes vizelense e atirar para a baliza deserta, ainda fora da área.

A reação minhota foi pronta, materializando-se em três tentativas de golo nos primeiros 10 minutos: cabeceamento de Bruno Wilson ao lado, ao minuto cinco, disparo rasteiro de Kiko Bondoso, também ao lado, aos sete, e o lance mais flagrante, em que Alexander Schmidt, com tempo e espaço na área, rematou por cima, aos nove.

O ímpeto ofensivo do Vizela esmoreceu face à segurança com que o Arouca conservava a bola, limitando-se trocá-la no seu meio-campo ou tentando ‘ludibriar’ a formação treinada por Álvaro Pacheco para uma pressão ‘alta’ que lhe desse os espaços para chegar à área contrária em ataques rápidos, conduzidos ao primeiro toque.

Disputada a ritmo lento até ao intervalo, a partida só voltou a ‘aquecer’ entre os minutos 40 e 42, por força dos desacatos junto aos bancos de suplentes de Vizela e de Arouca, que levou às expulsões de membros das equipas técnicas de ambos os conjuntos.

A equipa da casa acelerou a manobra ofensiva na segunda parte e ‘apertou o cerco’ à baliza arouquense entre o minuto 55 e 60, obrigando Arruabarrena a aplicar-se para negar o empate.

O guarda-redes uruguaio esticou-se para defender os cabeceamentos de Alexander Schmidt, ao minuto 55, e de Bruno Wilson, aos 57, antes de Kiki Afonso fazer a bola rasar o poste direito em mais um golpe de cabeça, em resposta a livre da direita, aos 58.

Equipado de vermelho, o Arouca voltou a ‘congelar’ o ritmo de jogo ao longo da etapa complementar, mas sem o mesmo critério da primeira metade na circulação de bola, pelo que se limitou a recuar no terreno e a esperar o contra-ataque.

Nos minutos finais, o desafio jogou-se nas imediações da área arouquense, mas o perigo vizelense reduziu-se a um remate de Kiko Bondoso e a um cabeceamento por cima de Friday Etim, entre as interrupções para se assistirem jogadores do Arouca ‘caídos’ no relvado e as demoras nas substituições realizadas.